segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quando você espalhou seu suor em mim;


Fim de tarde, 30 de outubro de 2015, céu alaranjado, algumas nuvens passageiras, gaivotas, coqueiro, surfistas, sorveteiro; Todo um cenário de um dia qualquer em Fortaleza, onde os olhares esbarram em biquinis, que esbarram na brisa, que esbarram nas ondas e ecoam em mim.
Óculos escuros, caderno de anotações em páginas em branco sujas de areia, minha canga verde água e a água desse mar Gigante, Sem fim, do tamanho dessa vontade de viver que me domou quando ela veio até mim:
- Moça, esse chapéu de palha é seu?!
E nem passou pela minha cabeça que eu estive por um fio de perder meu acessório preferido. Salve vento Glorioso, Bem me quer esse querido, levou o chapéu e trouxe o alívio. Alívio em formato humano. Mata minha sede, Sacia meu sonho.
"Vá cedo para seu apartamento" Já dizia minha mãe. Só esqueceu de dizer para eu não levar desconhecidos. Me afoguei eternamente naqueles olhos profundos e língua desajuizada. Já me tens por inteira em apenas uma noite. E QUE NOITE.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

8 ou 80, por favor.


Todo esse amor que enche meu peito é tão bonito por si só que eu quero demonstrar a todo o custo o quão doce posso tornar o teu viver.
Vai demorar um pouco eu sei, até que você entenda que um sentimento desses vale mais que o valor da tua conta bancária ou então mais do que a moça de corpo bonito e coração duro ali do teu trabalho mas esse dia há de chegar. Meus olhos até encharcam de tanta satisfação por ainda não ter desistido de roubar todo esse seu mundo de menina encantadora que pude enxergar através do primeiro sorriso que a mim tu direcionaste. Minha princesa; Minha maldade; Tu és a fúria d'alma com um toque de piedade; Paradoxo Tóxico; Dualidade, contraste com a felicidade; Aqui há amor por onde eu andar, não hesite ao desfrutar desse bem que tu ainda não conhece nem pela metade. Faço de minhas palavras, nossa verdade.
Só não espere o sol se pôr e a verdade tomar novos rumos significativos em nosso destino.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Jaz


Tem dias que assim me sinto: Sem me sentir. Comé que pode?!
Margarida transformou-se em AMARGArida. Sabe, assume e não consegue mudar!
Dizem que mudou até de cor e olha que era bem corada. Pobre coitada.
Mochila encheu de tralhas e saiu pelo mundo a encontro da menina doce que um dia havida sido.
Ou até mesmo da menina que sempre quis ser. Só não podia ser o que estava sendo: Nada.
Nada é vazio.
Vazio dói.
Dói.
Muito.

"Não estou mais por aqui, pequena.
Viva
Viaje
Seja você todo esse desejo que depositou em mim
Fui logo ali, me encontrar."

Aqui jaz uma garota "que se importa".

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Bilhete debaixo da porta.


Ô, menina, quando tu estás deitada em braços meus (esses mesmos, que são movidos a afagos seus) a minha mente balança e baila a pensar se o nosso mundo sacia tua boca e se o teu corpo sempre será minha sala de estar.
Tu me compreendes? É que hoje o dia raiou e eu acordei só com o despertador de luzes coloridas e o seu som retórico -chato- e me dei conta que nas manhãs que não sou acordada com o teu beijo na testa e sua voz amável dizendo "Bom dia, minha princesa" tenho vontade é de me cobrir por inteira com a manta que roubei da tua cama até você dar falta do meu cheiro e vir me procurar.
Sabe, esse texto não é bem uma declaração amorosa, esse assunto já te assustou demais; Só queria lhe agradecer por me apresentar Chico, Amélie e essa sua Vida... Que meu seio se encharca e ainda chora por mais.

 - Faz de mim sua morada, quer ser minha namorada?
Farei de ti meus doces versos
Te escrevo antes de adormecer
As palavras criam vontades próprias
Saltam da minha língua e dão prazer.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Doce.


Eu nunca vou saber o que de fato aquele sorriso de alguns minutos nos lábios rosados, dentro do metrô vazio, quis me dizer. Talvez ela tenha achado meu cabelo legal ou tenha gostado do meu vestido florido, em tons pastéis. Talvez ela quisesse se aproximar para dar início a uma futura amizade, talvez ela tenha visto poesia em mim do mesmo modo que vi nela. Eu pude prever seus gostos (e não quero nem pensar na possibilidade de ter errado). Ela gosta de Chico Buarque, seu hobby é escrever, moça de bom coração, solteira por opção! Sua saia longa -bem hippie- marrom com vermelho contrastava com sua pele, branca como leite. Seus cabelos castanhos e lisos até o meio da coluna brilhavam como estrelas num céu limpo! Talvez eu não volte a vê-la em toda minha vida e tampouco descubra o verdadeiro motivo dela me fitar com olhares encantados e sorrisos estonteantes enquanto eu apenas a encarava com os lábios serenos, olhar tímido e pernas bambas.
Naquela noite avistei o amor do meu ser. Conheci e casei.
Só me faltou saber o seu nome.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Sex: Just do it!"


Vagalume pisca
Lâmpada apaga
Vela acende

Coração bate
Olho fecha
Mão encosta
Aperta
Desliza

Paz se faz presente
Ódio ofusca entre a gente
Somos nós: Puro amor por uns minutos entre lençóis. Enfim a sós.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Somos tão jovens. -e complexos-


- Ora, Tereza.... Quantas vezes terei que dizer? Beleza não se põe na mesa!
Veja o meu caso, me casei com a mais bela do colégio sessenta e três anos atrás e na metade do trajeto de minha vida ela me deixou por um novinho cheio de grana! Grande merdinha na cama, eu aposto!
Mas o assunto não é esse... Você me entende? Beleza não se põe na mesa, Tereza!
Pense se você o quer para a vida toda, ou então além da vida! Reflita se você está em paz ao lado dele, se ele a faz suspirar ao fechar os olhos! Não o queira para desfilar nos shoppings aos finais de semana, nem para se autoafirmar. Sabe, querida... Você não faz ideia do quanto eu fazia sucesso na juventude... Galã da turma, disputado pela mulherada... Olha o que o tempo faz... Olha o que sua avó teve coragem de fazer: Me deixou assim como fizeram meus fios de cabelo. Em pensar que eu a queria mesmo com aqueles buracos nas pernas, aquelas rugas no rosto, os fios grisalhos que ela insistia em pintar!
Tereza, beleza não se põe na mesa... O amor.. Esse sim! Coloca-se na mesa de prato cheio e engole-se até pelas entranhas dos orifícios mais discretos.
Tereza, beleza não se põe na mesa! E nem o cotovelo, sua avó  não te ensinou nem bons modos, menina? - Deu um tapa no braço da garota e saiu com o jornal diário na mão, enquanto a pequena de olhos bem arregalados olhava o ponteiro do relógio que ia e.... ia, ao pensar o quão complexo era escolher com quem ficar até a eternidade.
Tereza coitada, só tinha treze anos e já era tão sensível! Uma coisa ao menos, era certa: Cotovelo e beleza não se colocavam na mesa. Não queria levar mais tapas do avô e nem apunhaladas da vida.
Tereza não procurava rostos bonitos. Procurava afeto de almas afetadas pelo mesmo objetivo: conhecer alguém por inteiro e não abandonar após isso.
Tereza transformou-se em essência. (e muito mais).