segunda-feira, 13 de junho de 2011

Inconsequente


O corpo cheio de marcas vermelhas com pequenas e muitas gotículas de sangue. Arranhão daqueles mais desejados vindo provavelmente de alguém nem um pouco profano - eu não reconhecia meus atos.
Nos braços havia correntes presas bem rentes à cabeceira da cama.
As pernas e barriga continham algo melado, julgo ser alguma porcaria de doce erótico.
A face era praticamente irreconhecível, marcas vermelhas desenhavam o formato de uma mão.
O pescoço demasiadamente roxo era o motivo daquela garota nua e crua ter apagado para sempre!

Eu não devia ter aceitado realizar seu sonho masoquista. Eu não devia ter feito dos desejos dela a piração dos meus sentidos e o descontrole das minhas forças.
- Amor, isso não é o suficiente?
- Me enforca, vadia.

Eu devia, pela primeira e única vez, ter negado algo a ela.
Ela ficaria brava e frustrada, mas eu me pouparia.
- Matei a garota, morri em mim.