domingo, 19 de setembro de 2010

Escrevo finais felizes, para atrai-los.


Um grande salão onde no seu interior havia somente um piano, algumas velas que juntas formavam um círculo, eu e você.
O piano era dominado por um anjo azul que tocava músicas suaves e agradáveis. Eu por minha vez era dominada por você... Lembra-se?
Dançávamos em total sintonia e se eu tivesse um poder, ali faria o tempo parar!
Seus olhos estavam fixos aos meus. Minhas mãos eram fortes e decididas sobre suas costas: Pressionava seu corpo, mas desejava realmente era sua alma.
Me encontrava em perfeito estado de êxtase, ou quem sabe apenas muito feliz. Feliz a ponto de me comparar as estrelas que brincam de pega-pega pelo céu. Lá não era o céu. Eu não era, e não sou estrela. E nós definitivamente não estávamos a brincar.
Convenhamos.. Era o mais precioso pacto que um anjo iria presenciar.
Até nos dias atuais sinto a onda de energias que passavam do meu corpo ao teu, e do teu ao meu, reflexos de amor... Amor forte, vindo de pessoas fracas: Foi aí que aconteceu!
- EU ME ENTREGO, ME ENTREGO A VOCÊ! - Fui a primeira a demonstrar a fraqueza que estava coberta diante de tanta frieza.
O anjo azul olhou para as velas, que em segundos se apagaram consecutivamente.
- Você aceita se casar comigo? - Sua frase foi breve e convicta - Mas não pude deixar de notar que você estava tremendo.
- Medo ou emoção? - Interroguei.
- VOCÊ ACEITA SE CASAR COMIGO, MENINA?
- Eu aceito me casar com você, "MENINA".

A música continuava, o anjo sorria... Minha vida a partir daquele segundo, foi só alegria.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Todos merecem Fadas!

Era apenas mais uma noite, em que eu me sentia um bloco de gelo devido ao frio que amendrontava inclusive os pobres mendigos. Mas nesse mês era um pouco mais diferente do que um certo tempo atrás. A ficha caira outra vez: Eu não tinha a quem abraçar! Pior que o frio que me faz tremer, é o gelo firme que bate dentro de mim. Bate tão rápido quanto as lembranças que me vêm a mente. Lembro dos seus carinhos; Lembro dos seu cheiro doce e suave; Lembro do forte abraço caloroso que dávamos antes de dormir; Os sentimentos eram tão fortes... tão fortes, mas que não ganhavam infelizmente da dor que eu me encontrava ali, deitada em meu quarto, meio a solidão.
As lágrimas também eram frias.
As lágrimas não eram necessárias -ora essa, elas nunca foram!- Mas era impossível segurá-las.
"Não há tempo de voltar atrás, não é?"
"Não há tempo de me aquecer, não é mesmo?"
Fiquei esperando que meu coração trincasse de uma vez por todas como uma porcelana barata, no qual você não daria nem míseros três reais.
Dormi esperando. Acordei com os raios solares que invadiam a janela do meu quarto.
Creio que as fadas me iluminaram durante a madrugada, pois eu tive vontade de levantar da cama e recomeçar. Podia ouvir os pássaros, e sentir uma paz de espírito sem explicação.
Espero que a noite não faça frio pois não sei o quanto as Fadas estão dispostas a me ajudar!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Recaída bem caída.


O telefone toca e você tem que decidir mais uma vez entre deixar ele tocar até ela cansar de esperar você atender ou atender e sentir o prazer de ouvir a doce voz encantada que nos dias de hoje faz você derreter em lágrimas.
No primeiro toque você se assusta e fica espantada... De alguma forma você não esperaria pela ligação a essa hora da madrugada. Você quer atender; O choro ameaça escapar; Seria você forte o suficiente para não ceder?
Segundo toque e seu dedo está na tecla verde. Você reza em pensamentos rapidamente para ela desistir, mas a força de vontade é contrariada. O terceiro toque está disparando e meus pêsames...Ela não desistiu!
Você quer ouvir a voz, mas você raciocina que o som da mesma trará lembranças como ruídos. Ruídos que entraram no seu tímpado, mandaram mensagens horríveis ao seu cérebro, este passará imagens, toques, sentimentos e grandes saudades ao seu coração que a esse momento está pulsando feito louco.
Quatro horas da manhã... Quinto toque e rápida decisão, ou você atende ou cairá na caixa postal. Você a conhece bem a ponto de saber que não deixará mensagem de voz, e com o medo de ter uma parada cardíaca bem ali, e não ter nem a chance de se despedir do seu primeiro amor, aperta o botão verde!!!
- A-A-A-ALÔ...
- TU TU TU TU TU
"DROGA!" - É seu único pensamento.

Ora essa, tarde demais! O coração volta ao normal, a respiração ofegante está a cessar aos poucos, você deita a cabeça novamente ao travisseiro fecha os olhos e...

- DIM DOM

Olhos arregalados, você salta da cama. Vê seu reflexo no espelho e conversa contigo mesma: "Quem será a essa hora?" Ou uma pergunta mais prestativa: "Quem o porteiro deixaria subir em meu andar, a essa hora?"

- TOC TOC.

A pessoa tem pressa; Você se levanta da cama. Suas pernas estão bambas, e seu coração está praticamente a escapar pela boca. SHIT!
Não seria lerda dessa vez, olha pelo olho mágico e uma onda de emoções te engole ao destravar a porta. A folgada entra sem pedir licença e ainda lhe arranca um beijo. Um beijo provocante e ardido. "Eu não deveria ter aberto a porta" foi seu último pensamento antes de ser carregada até a cama e ter feito da noite uma criança.

Fim

sábado, 4 de setembro de 2010

tédio não tem remédio.

Parecia uma viciada desesperada. Acendia um, tragava até acabar a erva, esperava uns minutos para se recuperar da intoxicação e acendia outro.
Deitada em seu quintal, ao som de ENYA nada mais importava a não ser a distração. Não pensava em casos mal resolvidos, aliás... Ela não conseguia
pensar era em nada! No quarto trago do quinto fumo sentiu vontade de vomitar acompanhada de uma leve tontura. Sua consciência berrava: "chega!" Mas
sua infantilidade berrava: "MAIS!"
Tinha apenas dezenove anos muito mal vividos, e preferiu ouvir o lado negro.
No seu bolso direito havia um pó branco. Apagou o fumo e montou uma carreirinha, UM.... DOIS... TRÊS! Cheirou tudo de uma só vez e a moleza e a distração
que estava vivenciando em um flash se transformaram em ACELERAÇÃO! Pensava em Flores mas sentia dores. Dor no pulmão, parada no coração.
Na próxima ela acerta.... Ou não!

NÃO
NÃO
NÃO