quinta-feira, 31 de maio de 2012

Não sou Shakespeare mas quero tentar.

Do meu peito nasce flor
Pra colorir o caminho quando meu amor passar.
Lá vem ela dançando um samba
Uma cantiga sobre terminar.
Pobre da minha flor
Flor bela; Que existia só por ela
Se esvaiu em dor.

Num Pôr de sol alaranjado
Escutei alguém dizer:
- Vem cá meu bem... Você ainda há de florescer!
Era a menina da quitanda. A tal Mari Juana. Olhos verdes, verdade nos olhos.
- Mamãe eu vou casar! - Não hesitei ao comunicar.

Em plena feira de pastel
Eu com Mari Juana,
Mari Juana em mim
- OH, você fica linda com esse véu!
Peguei em tua mão, para meu lábio encostar
- NÃÃÃÃÃÃO FAÇA ISSO!
Era o lapso do meu primeiro amor
Com sangue nos olhos,
Pôs-se a chorar.

Hoje a tarde é cinza
O poema brega
Aquela flor que era colorida
Que se esvaiu em dor
Que pertence ao meu peito
Que floresceu novamente
tem algo a dizer: DÊ-ME UM MOMENTO!
Ela ainda é bela
Aroma de Jasmim
Não quer magoar a moça do samba nem a Juanita lábio de carmim.

Doce seria a vida
Se o amor não doesse em ninguém
Mas aí teria outro nome:
Baile de máscaras
Sem amor
Sem ferida
Pausa dramática: Felicidade adormecida.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O primeiro pensamento.





Sua face com traje úmido impõe sensibilidade até certo ponto de vista. 
Carinho que bem lhe devoto hoje, são os mesmos detalhes sinceros que não soubeste aprecisar ontem.
Sensata como eu nunca havia sido antes...Pena que houve o nó na garganta... Santa! 
- Moça, suma em silêncio. O que seus olhos não me falaram nas noites que eu mais precisei, berros culminados não suprirão desafetos passados. 

Beija-me suavemente em sonhos doces para desamargurar a solidão, Cinderela. O que foi aparentemente real, agora é borrão de aquarela. 
"Que descolorirá" ...

domingo, 13 de maio de 2012

Tentativa de análise semiótica do meu eu mais complexo que a semiótica em si.



Eu só quero dizer que eu sou mais que isso! Eu sou mais do que essa menina de cabelos castanhos ondulados. Eu sou mais do que o batom vermelho que não sai de meus lábios. Eu sou mais do que o blush que deixa minha face menos pálida. Eu sou também mais do que o modo como acordo: descabelada e sem maquiagem alguma. Eu sou mais do que as roupas que eu compro porque eu gosto. Eu sou mais do que meu corpo totalmente nu. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro para os trabalhos escolares. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro aleatoriamente. Eu sou mais do que o meu gosto musical conturbado. Eu sou mais do que os poemas que escrevo. Eu sou mais do que o meu sorriso alcança. Eu sou mais do que meus olhos dizem e mais ainda do que seus olhos me enxergam.  Só não venha me pedir pra dizer até onde eu vou. Até onde sou. Só não venha me pedir para explicar esse meu desejo de ser essência e muito mais. Não há palavras, sinônimos, comparações para me resumir. Talvez eu não tenha um resumo, talvez minha biografia ficara cheia de páginas em brancas por falta de coragem de minha parte, ao tentar fazer com que alguém me entenda. Mas sei também que sou mais que essa sensação que carrego dentro de mim: MEDO. Sou mais que meu ciúmes que um dia já foi um tanto que doentio. Eu acho que sou amor. Só não tenho certeza até quando;

terça-feira, 8 de maio de 2012

Sobre cair.




- Pula logo para o lado de cá - A moça dizia.
Nessa altura do campeonato meus desejos passavam de meras vontades eróticas. Eu não queria sentir a dor de pular de algo tão alto para provar o néctar dos Deuses e ter que voltar para a casa sozinha e vazia.
Eu queria sair do meio do muro-precipício, cair com os pés no chão, ter doces certezas. Me afundar de uma vez por todas no abismo que eram os olhos da garota. Sufocar-me com sua alma.
- Pula logo! Vem!
E eu pulei!
Bom.... Por enquanto não tenho muitas certezas mas enquanto ela dorme em meus braços já tenho o meu primeiro pedido:



- Que meu calor te inspire bons sonhos, pois tu me inspira poesia.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dog days are over.


A garota que tinha a face pálida de tanto frio 
A garota que vivia no fundo do oceano nem um pouco pacífico
A garota de energias esgotadas e veias sem vida. 
Foi-se. 
A garota olhou para cima (bem lá no alto) devido a uma imensa luz que vinha chegando
Não pedia licença, muito menos dava explicações... Penetrava seus poros adentro, arranhava-lhe as veias, enchia-na de vida! 
Agora o sangue corria depressa. 
Agora o olhar era mais colorido.
"Precipitada" um sábio diria. 
O oceano que queria habitar já havia escolhido . Mergulhava com medo, intensificava a vontade. 
Caminhada será longa tal como estavam seus lábios esticados na face que agora estava corada.

"Vamos com calma. Mas vamos."  Ela pensou
- Never let me go. - Eu sussurrei.