terça-feira, 29 de julho de 2014

Intuição.


Feche os olhos e ouça a música. É a música que você mais gosta, exatamente no lugar que você sempre quis estar. O vento balança seus cabelos suavemente enquanto você olha a paisagem que chega a se confundir com uma pintura. Ou a pintura que sempre foi idêntica ao que você está olhando? Os pássaros assoviam a liberdade enquanto as árvores enraizadas emanam paz, enviadas da Mãe Natureza. Você se desprendeu de tudo no momento em que colocou a mochila nas costas e saiu a procura do que te faltava. Sente-se completa agora? Pois está prestes a ficar.  Respire fundo. Novamente. Agradeça. Olhe para o lado. Está vendo aquela garota de cabelo ondulado com chapéu de palha na cabeça? Chegue mais perto, mas mantenha a calma. Os cabelos ruivos quando acanhados chegam a queimar. O nome dela é Samantha, mas vá até lá e seja educada. Pergunte o que ela faz ali. Não ligue se ela fizer cara de quem não a conhece, logo que os vossos sorrisos se encontrarem terão a certeza de que se conhecem desde a vida passada. E eu vos digo um segredo: Se conhecem já a algumas vidas. Não se questione sobre o passado. O mantenha enterrado. Agora que ela está ao seu lado e os olhares já se cruzaram faça cada segundo valer a pena. Ela é a mulher da sua vida. Não pra um sábado a noite ou até mesmo apenas para casar. Ela é a pessoa que você sempre sentiu falta, aqui na Terra e nos Céus também. Juntas vocês vencerão a si mesmas. Juntas vocês são capazes de iluminar o lugar mais escuro que possa existir em toda a galáxia. Porque vocês duas provaram a si mesmas que a distância só existe quando o amor não existe. Entende? Nessa encarnação, o coração dela está intacto, assim como o seu. Eles estão prontos para serem inundados com o amor pleno que estão esperando durante vinte e dois verões. Acalme o coração e organize as batidas descompassadas. Daqui em exato três segundos Samantha lhe beijará e como a cor de seus cabelos alaranjados, seu corpo inteiro irá esquentar. 

"Samantha fez de mim, Pôr do Sol."

domingo, 27 de julho de 2014

Menina,


O acaso cortou amizade comigo. 
Hoje eu vejo,
Tudo que ocorre tem seu sentido.
Você também sente?

Correntes cortadas 
Cicatrizam corações feridos.
Enquanto você culpa a distância
Nos distanciamos mais alguns centímetros.

O porre bebido naqueles dias
Sustentavam a ausência de sinceridade em todas as noites
Hoje ao abrir os olhos,
Foi a primeira vez que minha alma conseguiu enxergar:
A vida é mais bonita quando passamos a aceitar

Tolo não é quem ama sozinho
Sim
Quem sozinho prefere estar mesmo dizendo amar.

Contraditório e letal.

Dizer em vão é como sonhar.
Bonito e falso
Sinto pena 
E você, o que sente além da dor?

Sinta a minha poesia.
E
Apenas por hoje,
Não chore.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Calem essa pergunta (!)


Quantas voltas completas a Terra terá que dar ao redor do Sol para que se esqueça um grande amor? Desejar profundamente esquecer alguém, é anular instantaneamente as chances de esquecê-la. Como o ser humano consegue se contradizer por tantas vezes? Ele ama, anoitece, ele odeia. O vento soprou, voltou a amar. Dobrou a esquina, perdeu o amor. Dizer apenas o que tem plenamente certeza é um bom começo. Não iluda para não ser iludido. Não se auto-iluda (existe?). Entender que nem todo frio na barriga é amor.... Mas todo amor verdadeiro nos dá frio na barriga, é verdade! A ligação esperada. A gente sempre espera, né? Não me venha com "atos inesperados" Quem ama espera. Quem ama não desliga na cara. Quem ama, meu bem, não vai embora. O que é o amor além da certeza? A certeza mais pura e cordial que é naquele corpo que você se entrelaçaria até o fim dos últimos tempos. E não se engane, muitas oportunidades aparecem durante a vida mas só os tolos assumem o risco de seguir os desejos momentâneos. Hey! Esqueça! Esqueça todas essas baboseiras que eu acabei pensando alto demais. Tola sou eu. Uma completa tola. E a pergunta que ainda não quer calar.... Quantas voltas completas a Terra terá que dar ao redor do Sol para que se esqueça um grande amor? 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

E do que é feita a poesia?


A poesia da minha vida é você. Não são minhas histórias inventadas. Não é o jeito como os galhos das árvores balançam com o vento. Não é jabuticaba madura. Não são as músicas do Vinícius. Não é a roda de samba que encanta e faz bailar. A poesia que existe em mim, é feita inteiramente de pedaços seus. Mas não vem apenas do seu sorriso iluminado. Não é o seu afago aconchegante. Não é o jeito que me faz ninar. Não é o que eu sonho com você todos os dias. É sua essência... É sua luz... É tudo isso que citei anteriormente com tudo o que eu não sei explicar, mas não se engane, eu sei sentir. E como! Como um tambor em uma música xamã. Pausado e marcante, o coração bate! Quando os poros arrepiam um à um, de sentir o seu cheiro. Inclusive quando não está. E eu respiro ofegante, e depois fundo e lento. Controlo-me. Contraio-me. Conduza-me, meu bem. Você é minha poesia. Metaforicamente: Eu papel, você lápis. Atrita-me!   

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Um doce convite


Colocou o melhor sorriso no rosto, olhou o seu reflexo no espelho pela última vez e assim, estava preparada pra ir. Uma regata lisa, saia longa e chinelo. Perfeito! Estava contente com o resultado, e cá entre nós ela não olhava pra roupa. Encarava no fundo de seus próprios olhos. Sua alma vibrava felicidade que parecia até levitar. Lacrimejava ao sentir amor. O corpo inteiro estava quente. O raio de luz que iluminava o quarto vinha do seu sorriso. Quanta magia! Seus amigos espirituais se abraçavam contentes, completos. A menina doce cumpriu seu plano traçado. Ela não sabia, mas tudo o que ela tinha que fazer aqui no plano terreno era resgatar seu amor próprio. Não digo no sentido mais simples, como se achar bonita ao se arrumar pra sair de casa. Ela se amava pelo que era e se repeitava por tudo o que não era. Aceitava seus erros passados e se esforçava pra não mais errar. Caso o erro viesse, tinha em mente pedir perdão sempre. Não era orgulhosa. Já fazia uns dias que já ao acordar pedia as bençãos dos céus. E as bençãos vinham. O seu desejo de ajudar o próximo poderia agora ser realizado. Difícil é amar a si mesmo, mas agora que havia conseguido, amar o próximo do mesmo modo tiraria de letra. Foi até o quintal, esticou o lençol branco na grama. Estava com um pouco de falta de ar. Deitou. Respirava lento e fundo. O céu azul claro e nenhuma nuvem se quer. O vento balançava os galhos das árvores. Como ela amava o barulho das folhas dançando! Um anjo estendeu as mãos ao sorrir. Seria um convite pra uma dança? A falta de ar aumentou, mas ela não se importava.... Aceitou o convite e o dia mais feliz da sua vida foi esse: A viagem de volta para sua verdadeira morada. A dança do amor nos Céus que exala  paz por toda a Terra.