quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pronome achado e enterrado.


Foi naquele ônibus lotado que todos os meus medos, em apenas um olhar, se esvaziaram. É por aquele olhar que eu acordo cantarolando a música mais romântica da Vanessa da Mata e todos os dias me controlo pra não roer as unhas, pra ficar um pouco mais ajeitada porque de alguma forma aquele olhar me faz querer ser alguém melhor. Mudei desde o meu piscar no cotidiano até alguns planos por todo o ano e quem achou graça foram os meus versos que agora pronunciam um pronome até então, nunca usado por mim.
Triste fica a parte em que mora a realidade: Apenas serviu de poema, o homem que acalmou toda a minha tempestade. A culpa fica pro meu desejo carnal: Mulher, lábios doces e tardes molhadas. 
Nada adiantar despejar cubos de gelo em pleno inferno. 

Apenas um texto qualquer


Não! Eu não sei definir, nomear e nem meramente explicar o que tão solenemente deixa-me o peito partido.
Talvez sejam suas meias verdades cuspidas num choro fácil e cruel. Choro esculpido nas mãos de um orgulho indomável e totalmente desnecessário... Pare com esse seu show mela-cueca... Abram alas pra realidade: Meu pulso sangra! Sangra por alguém com sangue frio, que com frieza faz almas se enganarem: Belo de se ver, estúpido em cada agir e porra, tanto faz jogar na cara. Meu pulso sangra e eu choro a dor do mundo por alguém que quer domá-lo. Quem tudo quer, nada tem. Meu pulso sangra e em alguns minutos não mais irei existir em terra firme. Serei apenas versos e mais versos, de beleza e muita dor.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Jardim ambulante.


Guardo teu carinho bem no cantinho num canteiro em meu coração. Nesse pedaço não há mais flor mas agora conto a ti um segredo: Por esses tempos adubei a terra, é só se deixar plantar! 
Quando florescer teu caule no meu ser, terei enfim, uma primavera inteirinha, dentro de mim! 
Pétalas delicadas dignas de serem contempladas em silêncio e com muito amor, pois o teu perfume menina, é de invejar qualquer trecho que termine em rima.