sábado, 16 de abril de 2016

Cartas em memória a quem já partiu


Agora eu deixo as roupas bagunçadas no canto do quarto sem ouvir resmungos, viro a noite com a janela aberta sem que haja surtos sobre possibilidades de entrar uma barata e tomo o final da Coca-Cola no gargalo. As ruas dessa cidade estão mais coloridas, as flores chegam a sorrir... Comigo não é diferente. Embora meus passos não sejam calculados são sempre em frente. Éramos estrelas perdidas no céu e hoje vejo: Sou a parte de um todo que não se reparte... Eu poderia ser um átomo! Eu poderia ser tanta coisa que não sou, mas não seria eu. Entre cantar de cornetas e mexer de maestros prefiro a calmaria real. O silêncio, o amor, a prece.  Prefiro esses dias em que me deito de peito aberto para o céu e enxergo tudo aquilo que antes não havia tentado. Com os olhos da alma te observo melhor e com todo o carinho te digo e repito: Vá brilhar Estrela.... Vá brilhar... Ilumina o céu de São Paulo até Belém do Pará.