terça-feira, 23 de outubro de 2012

8 ou 80, por favor.


Todo esse amor que enche meu peito é tão bonito por si só que eu quero demonstrar a todo o custo o quão doce posso tornar o teu viver.
Vai demorar um pouco eu sei, até que você entenda que um sentimento desses vale mais que o valor da tua conta bancária ou então mais do que a moça de corpo bonito e coração duro ali do teu trabalho mas esse dia há de chegar. Meus olhos até encharcam de tanta satisfação por ainda não ter desistido de roubar todo esse seu mundo de menina encantadora que pude enxergar através do primeiro sorriso que a mim tu direcionaste. Minha princesa; Minha maldade; Tu és a fúria d'alma com um toque de piedade; Paradoxo Tóxico; Dualidade, contraste com a felicidade; Aqui há amor por onde eu andar, não hesite ao desfrutar desse bem que tu ainda não conhece nem pela metade. Faço de minhas palavras, nossa verdade.
Só não espere o sol se pôr e a verdade tomar novos rumos significativos em nosso destino.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Jaz


Tem dias que assim me sinto: Sem me sentir. Comé que pode?!
Margarida transformou-se em AMARGArida. Sabe, assume e não consegue mudar!
Dizem que mudou até de cor e olha que era bem corada. Pobre coitada.
Mochila encheu de tralhas e saiu pelo mundo a encontro da menina doce que um dia havida sido.
Ou até mesmo da menina que sempre quis ser. Só não podia ser o que estava sendo: Nada.
Nada é vazio.
Vazio dói.
Dói.
Muito.

"Não estou mais por aqui, pequena.
Viva
Viaje
Seja você todo esse desejo que depositou em mim
Fui logo ali, me encontrar."

Aqui jaz uma garota "que se importa".

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Bilhete debaixo da porta.


Ô, menina, quando tu estás deitada em braços meus (esses mesmos, que são movidos a afagos seus) a minha mente balança e baila a pensar se o nosso mundo sacia tua boca e se o teu corpo sempre será minha sala de estar.
Tu me compreendes? É que hoje o dia raiou e eu acordei só com o despertador de luzes coloridas e o seu som retórico -chato- e me dei conta que nas manhãs que não sou acordada com o teu beijo na testa e sua voz amável dizendo "Bom dia, minha princesa" tenho vontade é de me cobrir por inteira com a manta que roubei da tua cama até você dar falta do meu cheiro e vir me procurar.
Sabe, esse texto não é bem uma declaração amorosa, esse assunto já te assustou demais; Só queria lhe agradecer por me apresentar Chico, Amélie e essa sua Vida... Que meu seio se encharca e ainda chora por mais.

 - Faz de mim sua morada, quer ser minha namorada?
Farei de ti meus doces versos
Te escrevo antes de adormecer
As palavras criam vontades próprias
Saltam da minha língua e dão prazer.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Doce.


Eu nunca vou saber o que de fato aquele sorriso de alguns minutos nos lábios rosados, dentro do metrô vazio, quis me dizer. Talvez ela tenha achado meu cabelo legal ou tenha gostado do meu vestido florido, em tons pastéis. Talvez ela quisesse se aproximar para dar início a uma futura amizade, talvez ela tenha visto poesia em mim do mesmo modo que vi nela. Eu pude prever seus gostos (e não quero nem pensar na possibilidade de ter errado). Ela gosta de Chico Buarque, seu hobby é escrever, moça de bom coração, solteira por opção! Sua saia longa -bem hippie- marrom com vermelho contrastava com sua pele, branca como leite. Seus cabelos castanhos e lisos até o meio da coluna brilhavam como estrelas num céu limpo! Talvez eu não volte a vê-la em toda minha vida e tampouco descubra o verdadeiro motivo dela me fitar com olhares encantados e sorrisos estonteantes enquanto eu apenas a encarava com os lábios serenos, olhar tímido e pernas bambas.
Naquela noite avistei o amor do meu ser. Conheci e casei.
Só me faltou saber o seu nome.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Sex: Just do it!"


Vagalume pisca
Lâmpada apaga
Vela acende

Coração bate
Olho fecha
Mão encosta
Aperta
Desliza

Paz se faz presente
Ódio ofusca entre a gente
Somos nós: Puro amor por uns minutos entre lençóis. Enfim a sós.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Somos tão jovens. -e complexos-


- Ora, Tereza.... Quantas vezes terei que dizer? Beleza não se põe na mesa!
Veja o meu caso, me casei com a mais bela do colégio sessenta e três anos atrás e na metade do trajeto de minha vida ela me deixou por um novinho cheio de grana! Grande merdinha na cama, eu aposto!
Mas o assunto não é esse... Você me entende? Beleza não se põe na mesa, Tereza!
Pense se você o quer para a vida toda, ou então além da vida! Reflita se você está em paz ao lado dele, se ele a faz suspirar ao fechar os olhos! Não o queira para desfilar nos shoppings aos finais de semana, nem para se autoafirmar. Sabe, querida... Você não faz ideia do quanto eu fazia sucesso na juventude... Galã da turma, disputado pela mulherada... Olha o que o tempo faz... Olha o que sua avó teve coragem de fazer: Me deixou assim como fizeram meus fios de cabelo. Em pensar que eu a queria mesmo com aqueles buracos nas pernas, aquelas rugas no rosto, os fios grisalhos que ela insistia em pintar!
Tereza, beleza não se põe na mesa... O amor.. Esse sim! Coloca-se na mesa de prato cheio e engole-se até pelas entranhas dos orifícios mais discretos.
Tereza, beleza não se põe na mesa! E nem o cotovelo, sua avó  não te ensinou nem bons modos, menina? - Deu um tapa no braço da garota e saiu com o jornal diário na mão, enquanto a pequena de olhos bem arregalados olhava o ponteiro do relógio que ia e.... ia, ao pensar o quão complexo era escolher com quem ficar até a eternidade.
Tereza coitada, só tinha treze anos e já era tão sensível! Uma coisa ao menos, era certa: Cotovelo e beleza não se colocavam na mesa. Não queria levar mais tapas do avô e nem apunhaladas da vida.
Tereza não procurava rostos bonitos. Procurava afeto de almas afetadas pelo mesmo objetivo: conhecer alguém por inteiro e não abandonar após isso.
Tereza transformou-se em essência. (e muito mais).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre reencontrar o que não se perdeu;



Eu estava com meu charuto Cubano mais caro na boca e com a carta que eu escrevi pra você a três anos
atrás na mão esquerda, enquanto a direita estava dentro do bolso da calça de alfaiataria bege
trançando uma figa nos dedos. No pescoço, além do colar de pimenta vermelha também estava grudado
em minha pele o perfume que você mais gostava de sentir em mim.
Meus passos eram apressados mas meu olhar como sempre bem esperto, avistou uma floricultura na metade
do caminho. Rosas vermelhas ou brancas? Nem para comprar flores eu tenho certeza do que será o
melhor. Comprei uma de cada cor. Amor e paz, muito bom!
Passei por caminhos antigos,cantarolando Lenine para os ares, sorri para estranhos que não me
contribuíram da mesma forma. Querida, em que mundo estamos? São só três anos a mais da época em que
Eu não fumava, escrevia textos com certa frequência e a população me fitava com certa admiração.
Será que é o cabelo que agora só uso ondulado? Ou seria a falta de maquiagem? Então... A loucura que julgam eu usar blusa branca lisa todos os dias, em todas as ocasiões porque meu transtorno obsessivo
compulsivo piorou? Será que é porque eu ainda ando a pé? Será que é porque eu ainda sou um fracasso
como escritora? Mas por agora, basta de perguntas retóricas porque a realidade é uma só: Acabou a
admiração por mim, quando eu simplesmente desisti de nós . Desde o dia em
que você saiu da porta do nosso apartamento dizendo que estava na hora de partir porque eu nunca
iria crescer aqui no mundo carnal.
Moça, eu estou chegando... Quando me ver, além de me abraçar rente ao seu peito, me queira bem!
Aceite as rosas, a carta e sorria. Eu realmente ainda não aumentei meus bens materiais mas por favor,
 não deixe o grito dos meus olhos implorando por um dia de afeto soar em vão pelas ruas dessa cidade
cheia de automóveis chiques e felicidades ilusórias.
Sejamos apenas corações por hoje, seremos felizes até o dia raiar, neblina descer e você sair avoada para
seu trabalho, tão importante para seu crescimento capitalista.
Te amo mas você não me merece.
ps: Mesmo assim, os sorrisos que despertei em seus lábios doces ficam por minha cortesia.