quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Poema num dia de (muita) tensão pré menstrual.
No conjunto das mais belas flores
Meio a relva aveludada
Estirei-me de corpo inteiro
Deixando a camisa de seda amarela, amassada.
Pouco me importava com o que me vestia
"De quê vale a roupa se a alma é vazia?"
Café amargo, tomate podre, dentes nas unhas.
"Que merda é essa que sou hoje?"
A merda que você engole salivando falsidade!
Pra você, um toque de verdade. Se conforme com a realidade:
- Apenas não me importo mais contigo. Não tem mais "Blues da piedade" nem "tempo perdido".
terça-feira, 24 de julho de 2012
Sobre amar, para alguém sem amor.
E o amor corresse para sempre instantaneamente
Com intensidade gratificante dentro de nossos corações acéfalos:
- Perfeito! - eu diria.
Para quem presencia a dúvida diariamente
E vê o amor ficar pra trás devido o peso do corpo cansado de carregar a alma alienada no "possuir" seria perfeito um coração acéfalo. Convenhamos:
Amar, as vezes é dizer adeus.
Amar, as vezes é dizer adeus e dar as costas.
Amar, as vezes é dizer adeus, dar as costas e ir embora para casa vazia que habitamos em nós mesmos.
Amar , as vezes é dizer adeus, dar as costas e ir embora pra casa vazia que habitamos em nós mesmos, desistir no mesmo instante, agarrar, não soltar, não querer dividir mas aceitar fazer o mesmo.
Amar é casar os pensamentos e ser fiel de corpo inteiro.
Amar é ter a consciência que o trajeto não será só de certezas
Mas ter ao menos uma: "Meu sorriso sincero, aquele de canto de boca, sem batom vermelho, de cara pálida e espírito puro: É inteiramente teu."
domingo, 17 de junho de 2012
Fervendo
O grito está calado nos dedos do poeta que não é amado.
Mesmo assim se deixa amar.
Há dias que estais a tentar escrever uma nobre declaração para seu segredo-cor-de-fogo.
“ÉS TÃO BELA QUE POR TI SE FAZ O MEU SORRIR
Doce devem ser os lábios. Tão doce que não há de existir
Um ser que não a queira bem perto do peito. Dentro dele ao
lado esquerdo. Até mesmo fora ao lado direito pra dar descanso a sua cabeça. Fazer-te
ninar”
Desabafo em vão vindo de um coração que palpita á espera
eterna.
Texto amassado e jogado no seu lixo interno corroído pela
ridícula dor que é amar sozinho.
Desce até amargo: Esse último gole de vinho.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Não sou Shakespeare mas quero tentar.
Do meu peito nasce flor
Pra colorir o caminho quando meu amor passar.
Lá vem ela dançando um samba
Uma cantiga sobre terminar.
Pobre da minha flor
Flor bela; Que existia só por ela
Se esvaiu em dor.
Num Pôr de sol alaranjado
Escutei alguém dizer:
- Vem cá meu bem... Você ainda há de florescer!
Era a menina da quitanda. A tal Mari Juana. Olhos verdes, verdade nos olhos.
- Mamãe eu vou casar! - Não hesitei ao comunicar.
Em plena feira de pastel
Eu com Mari Juana,
Mari Juana em mim
- OH, você fica linda com esse véu!
Peguei em tua mão, para meu lábio encostar
- NÃÃÃÃÃÃO FAÇA ISSO!
Era o lapso do meu primeiro amor
Com sangue nos olhos,
Pôs-se a chorar.
Hoje a tarde é cinza
O poema brega
Aquela flor que era colorida
Que se esvaiu em dor
Que pertence ao meu peito
Que floresceu novamente
tem algo a dizer: DÊ-ME UM MOMENTO!
Ela ainda é bela
Aroma de Jasmim
Não quer magoar a moça do samba nem a Juanita lábio de carmim.
Doce seria a vida
Se o amor não doesse em ninguém
Mas aí teria outro nome:
Baile de máscaras
Sem amor
Sem ferida
Pausa dramática: Felicidade adormecida.
Pra colorir o caminho quando meu amor passar.
Lá vem ela dançando um samba
Uma cantiga sobre terminar.
Pobre da minha flor
Flor bela; Que existia só por ela
Se esvaiu em dor.
Num Pôr de sol alaranjado
Escutei alguém dizer:
- Vem cá meu bem... Você ainda há de florescer!
Era a menina da quitanda. A tal Mari Juana. Olhos verdes, verdade nos olhos.
- Mamãe eu vou casar! - Não hesitei ao comunicar.
Em plena feira de pastel
Eu com Mari Juana,
Mari Juana em mim
- OH, você fica linda com esse véu!
Peguei em tua mão, para meu lábio encostar
- NÃÃÃÃÃÃO FAÇA ISSO!
Era o lapso do meu primeiro amor
Com sangue nos olhos,
Pôs-se a chorar.
Hoje a tarde é cinza
O poema brega
Aquela flor que era colorida
Que se esvaiu em dor
Que pertence ao meu peito
Que floresceu novamente
tem algo a dizer: DÊ-ME UM MOMENTO!
Ela ainda é bela
Aroma de Jasmim
Não quer magoar a moça do samba nem a Juanita lábio de carmim.
Doce seria a vida
Se o amor não doesse em ninguém
Mas aí teria outro nome:
Baile de máscaras
Sem amor
Sem ferida
Pausa dramática: Felicidade adormecida.
terça-feira, 22 de maio de 2012
O primeiro pensamento.
Sua face com traje úmido impõe sensibilidade até certo ponto de vista.
Carinho que bem lhe devoto hoje, são os mesmos detalhes sinceros que não soubeste aprecisar ontem.
Sensata como eu nunca havia sido antes...Pena que houve o nó na garganta... Santa!
- Moça, suma em silêncio. O que seus olhos não me falaram nas noites que eu mais precisei, berros culminados não suprirão desafetos passados.
Beija-me suavemente em sonhos doces para desamargurar a solidão, Cinderela. O que foi aparentemente real, agora é borrão de aquarela.
"Que descolorirá" ...
domingo, 13 de maio de 2012
Tentativa de análise semiótica do meu eu mais complexo que a semiótica em si.
Eu só quero dizer que eu sou mais que isso! Eu sou mais do que essa menina de cabelos castanhos ondulados. Eu sou mais do que o batom vermelho que não sai de meus lábios. Eu sou mais do que o blush que deixa minha face menos pálida. Eu sou também mais do que o modo como acordo: descabelada e sem maquiagem alguma. Eu sou mais do que as roupas que eu compro porque eu gosto. Eu sou mais do que meu corpo totalmente nu. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro para os trabalhos escolares. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro aleatoriamente. Eu sou mais do que o meu gosto musical conturbado. Eu sou mais do que os poemas que escrevo. Eu sou mais do que o meu sorriso alcança. Eu sou mais do que meus olhos dizem e mais ainda do que seus olhos me enxergam. Só não venha me pedir pra dizer até onde eu vou. Até onde sou. Só não venha me pedir para explicar esse meu desejo de ser essência e muito mais. Não há palavras, sinônimos, comparações para me resumir. Talvez eu não tenha um resumo, talvez minha biografia ficara cheia de páginas em brancas por falta de coragem de minha parte, ao tentar fazer com que alguém me entenda. Mas sei também que sou mais que essa sensação que carrego dentro de mim: MEDO. Sou mais que meu ciúmes que um dia já foi um tanto que doentio. Eu acho que sou amor. Só não tenho certeza até quando;
terça-feira, 8 de maio de 2012
Sobre cair.
- Pula logo para o lado de cá - A moça dizia.
Nessa altura do campeonato meus desejos passavam de meras vontades eróticas. Eu não queria sentir a dor de pular de algo tão alto para provar o néctar dos Deuses e ter que voltar para a casa sozinha e vazia.
Eu queria sair do meio do muro-precipício, cair com os pés no chão, ter doces certezas. Me afundar de uma vez por todas no abismo que eram os olhos da garota. Sufocar-me com sua alma.
- Pula logo! Vem!
E eu pulei!
Bom.... Por enquanto não tenho muitas certezas mas enquanto ela dorme em meus braços já tenho o meu primeiro pedido:
- Que meu calor te inspire bons sonhos, pois tu me inspira poesia.
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