quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

E o resto deixa comigo


Eu não me importaria de te conhecer na fila do pão, nem se você estivesse descabelada e de chinelo. Eu não me importaria de conhecê-la enquanto esperássemos o metrô e fosse um dia de calor gritante, se seu coque estivesse bagunçado, ou se você estivesse se abanando com uma folha qualquer. Eu não me importaria se nos esbarrássemos no corredor da faculdade, não me importaria nem se você derrubasse meus materiais, nem se você supostamente machucasse meu ombro esquerdo. Sinceramente, eu não iria achar ruim se você gargalhasse do meu tropeço desajeitado na pedra perdida na calçada ao lado. Se você vaiasse minha voz do Karaokê. Se você cruzasse os braços quando eu fizesse o meu gol mais bonito. Nem se de início, você não acreditar em mim. O único fato que eu me importo e me tira do sério é o de você supostamente não existir. Então vê se apareça, menina. Na pressa ou na calma, o meu único pedido é que encoste na alma. Assim de leve que é pra fazer amor no ato ou posteriormente, quero que exista não apenas em minha mente. Um beijo lento. Um beijo feroz. Um beijo estalado. Um beijo melado. Um beijo com gosto de Jabuticaba. Beijo que nunca acaba. Quero te beijar com os olhos. Beijar com a ponta dos dedos. Quero te beijar com a mão inteira. Com o corpo todo. Quero que minha vida beije a tua. Só preciso saber onde está você.

3 comentários: