segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Presente


A vaga lembrança que restou do seu sorriso é o suficiente para que eu siga em frente de cabeça erguida. Não ouse me beijar, eu não quero. Não precisa mais me abraçar como se não houvesse amanhã, não há necessidade para tal, tampouco vontade. Apenas divida comigo um breve momento à sorrir, e então eu viverei. E então uma luz nascerá no peito, transbordará pelos olhos, que embora pareça choro são apenas lágrimas perdidas expressando o que o peito vibra. É felicidade plena. Guarde suas histórias mirabolantes para seus amigos; Nos dias nublados coloque aquela música que você ama e cante alto. Cante fundo! Sinta! Abra a janela para o sol entrar e ao pensar em mim, não sinta o peso passado. O enterramos juntas, dia após dia, e agora que as lembranças estão sendo corroídas devido o ponteiro dar bilhões e bilhões e bilhões de voltas, podemos sorrir em paz novamente. A saudade que toca no peito, hoje vejo.. Não é sua. Não são dos seus afagos, das suas palavras engasgadas... A saudade que me toca e me acaricia, é a saudade do sentimento que vivia a bailar dentro de mim. É a saudade bonita de saber que somos capazes de dar o nosso melhor. E então eu acabo de concluir, em tempo real, que a saudade também é presente. É presente e é um presente. Se o que eu tinha saudade era dos sentimentos que eu vibrava por você, posso dizer o mesmo no momento presente porque eu ainda vibro os mesmos sentimentos, só que se expandiu... Eu o espalho para o mundo! Hoje, aqui e agora. E é um presente porque tudo o que é feito de coração, da vontade de embrulhar num laço bonito e distribuir por aí.  

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