sábado, 4 de setembro de 2010

tédio não tem remédio.

Parecia uma viciada desesperada. Acendia um, tragava até acabar a erva, esperava uns minutos para se recuperar da intoxicação e acendia outro.
Deitada em seu quintal, ao som de ENYA nada mais importava a não ser a distração. Não pensava em casos mal resolvidos, aliás... Ela não conseguia
pensar era em nada! No quarto trago do quinto fumo sentiu vontade de vomitar acompanhada de uma leve tontura. Sua consciência berrava: "chega!" Mas
sua infantilidade berrava: "MAIS!"
Tinha apenas dezenove anos muito mal vividos, e preferiu ouvir o lado negro.
No seu bolso direito havia um pó branco. Apagou o fumo e montou uma carreirinha, UM.... DOIS... TRÊS! Cheirou tudo de uma só vez e a moleza e a distração
que estava vivenciando em um flash se transformaram em ACELERAÇÃO! Pensava em Flores mas sentia dores. Dor no pulmão, parada no coração.
Na próxima ela acerta.... Ou não!

NÃO
NÃO
NÃO

Um comentário:

  1. Caramba, adoro ler textos assim, e adoro escrever textos assim... Me encantei com seu blog, definitivamente, eu voltarei. Beijos...

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