segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Sobre reencontrar o que não se perdeu;
Eu estava com meu charuto Cubano mais caro na boca e com a carta que eu escrevi pra você a três anos
atrás na mão esquerda, enquanto a direita estava dentro do bolso da calça de alfaiataria bege
trançando uma figa nos dedos. No pescoço, além do colar de pimenta vermelha também estava grudado
em minha pele o perfume que você mais gostava de sentir em mim.
Meus passos eram apressados mas meu olhar como sempre bem esperto, avistou uma floricultura na metade
do caminho. Rosas vermelhas ou brancas? Nem para comprar flores eu tenho certeza do que será o
melhor. Comprei uma de cada cor. Amor e paz, muito bom!
Passei por caminhos antigos,cantarolando Lenine para os ares, sorri para estranhos que não me
contribuíram da mesma forma. Querida, em que mundo estamos? São só três anos a mais da época em que
Eu não fumava, escrevia textos com certa frequência e a população me fitava com certa admiração.
Será que é o cabelo que agora só uso ondulado? Ou seria a falta de maquiagem? Então... A loucura que julgam eu usar blusa branca lisa todos os dias, em todas as ocasiões porque meu transtorno obsessivo
compulsivo piorou? Será que é porque eu ainda ando a pé? Será que é porque eu ainda sou um fracasso
como escritora? Mas por agora, basta de perguntas retóricas porque a realidade é uma só: Acabou a
admiração por mim, quando eu simplesmente desisti de nós . Desde o dia em
que você saiu da porta do nosso apartamento dizendo que estava na hora de partir porque eu nunca
iria crescer aqui no mundo carnal.
Moça, eu estou chegando... Quando me ver, além de me abraçar rente ao seu peito, me queira bem!
Aceite as rosas, a carta e sorria. Eu realmente ainda não aumentei meus bens materiais mas por favor,
não deixe o grito dos meus olhos implorando por um dia de afeto soar em vão pelas ruas dessa cidade
cheia de automóveis chiques e felicidades ilusórias.
Sejamos apenas corações por hoje, seremos felizes até o dia raiar, neblina descer e você sair avoada para
seu trabalho, tão importante para seu crescimento capitalista.
Te amo mas você não me merece.
ps: Mesmo assim, os sorrisos que despertei em seus lábios doces ficam por minha cortesia.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Poema num dia de (muita) tensão pré menstrual.
No conjunto das mais belas flores
Meio a relva aveludada
Estirei-me de corpo inteiro
Deixando a camisa de seda amarela, amassada.
Pouco me importava com o que me vestia
"De quê vale a roupa se a alma é vazia?"
Café amargo, tomate podre, dentes nas unhas.
"Que merda é essa que sou hoje?"
A merda que você engole salivando falsidade!
Pra você, um toque de verdade. Se conforme com a realidade:
- Apenas não me importo mais contigo. Não tem mais "Blues da piedade" nem "tempo perdido".
terça-feira, 24 de julho de 2012
Sobre amar, para alguém sem amor.
E o amor corresse para sempre instantaneamente
Com intensidade gratificante dentro de nossos corações acéfalos:
- Perfeito! - eu diria.
Para quem presencia a dúvida diariamente
E vê o amor ficar pra trás devido o peso do corpo cansado de carregar a alma alienada no "possuir" seria perfeito um coração acéfalo. Convenhamos:
Amar, as vezes é dizer adeus.
Amar, as vezes é dizer adeus e dar as costas.
Amar, as vezes é dizer adeus, dar as costas e ir embora para casa vazia que habitamos em nós mesmos.
Amar , as vezes é dizer adeus, dar as costas e ir embora pra casa vazia que habitamos em nós mesmos, desistir no mesmo instante, agarrar, não soltar, não querer dividir mas aceitar fazer o mesmo.
Amar é casar os pensamentos e ser fiel de corpo inteiro.
Amar é ter a consciência que o trajeto não será só de certezas
Mas ter ao menos uma: "Meu sorriso sincero, aquele de canto de boca, sem batom vermelho, de cara pálida e espírito puro: É inteiramente teu."
domingo, 17 de junho de 2012
Fervendo
O grito está calado nos dedos do poeta que não é amado.
Mesmo assim se deixa amar.
Há dias que estais a tentar escrever uma nobre declaração para seu segredo-cor-de-fogo.
“ÉS TÃO BELA QUE POR TI SE FAZ O MEU SORRIR
Doce devem ser os lábios. Tão doce que não há de existir
Um ser que não a queira bem perto do peito. Dentro dele ao
lado esquerdo. Até mesmo fora ao lado direito pra dar descanso a sua cabeça. Fazer-te
ninar”
Desabafo em vão vindo de um coração que palpita á espera
eterna.
Texto amassado e jogado no seu lixo interno corroído pela
ridícula dor que é amar sozinho.
Desce até amargo: Esse último gole de vinho.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Não sou Shakespeare mas quero tentar.
Do meu peito nasce flor
Pra colorir o caminho quando meu amor passar.
Lá vem ela dançando um samba
Uma cantiga sobre terminar.
Pobre da minha flor
Flor bela; Que existia só por ela
Se esvaiu em dor.
Num Pôr de sol alaranjado
Escutei alguém dizer:
- Vem cá meu bem... Você ainda há de florescer!
Era a menina da quitanda. A tal Mari Juana. Olhos verdes, verdade nos olhos.
- Mamãe eu vou casar! - Não hesitei ao comunicar.
Em plena feira de pastel
Eu com Mari Juana,
Mari Juana em mim
- OH, você fica linda com esse véu!
Peguei em tua mão, para meu lábio encostar
- NÃÃÃÃÃÃO FAÇA ISSO!
Era o lapso do meu primeiro amor
Com sangue nos olhos,
Pôs-se a chorar.
Hoje a tarde é cinza
O poema brega
Aquela flor que era colorida
Que se esvaiu em dor
Que pertence ao meu peito
Que floresceu novamente
tem algo a dizer: DÊ-ME UM MOMENTO!
Ela ainda é bela
Aroma de Jasmim
Não quer magoar a moça do samba nem a Juanita lábio de carmim.
Doce seria a vida
Se o amor não doesse em ninguém
Mas aí teria outro nome:
Baile de máscaras
Sem amor
Sem ferida
Pausa dramática: Felicidade adormecida.
Pra colorir o caminho quando meu amor passar.
Lá vem ela dançando um samba
Uma cantiga sobre terminar.
Pobre da minha flor
Flor bela; Que existia só por ela
Se esvaiu em dor.
Num Pôr de sol alaranjado
Escutei alguém dizer:
- Vem cá meu bem... Você ainda há de florescer!
Era a menina da quitanda. A tal Mari Juana. Olhos verdes, verdade nos olhos.
- Mamãe eu vou casar! - Não hesitei ao comunicar.
Em plena feira de pastel
Eu com Mari Juana,
Mari Juana em mim
- OH, você fica linda com esse véu!
Peguei em tua mão, para meu lábio encostar
- NÃÃÃÃÃÃO FAÇA ISSO!
Era o lapso do meu primeiro amor
Com sangue nos olhos,
Pôs-se a chorar.
Hoje a tarde é cinza
O poema brega
Aquela flor que era colorida
Que se esvaiu em dor
Que pertence ao meu peito
Que floresceu novamente
tem algo a dizer: DÊ-ME UM MOMENTO!
Ela ainda é bela
Aroma de Jasmim
Não quer magoar a moça do samba nem a Juanita lábio de carmim.
Doce seria a vida
Se o amor não doesse em ninguém
Mas aí teria outro nome:
Baile de máscaras
Sem amor
Sem ferida
Pausa dramática: Felicidade adormecida.
terça-feira, 22 de maio de 2012
O primeiro pensamento.
Sua face com traje úmido impõe sensibilidade até certo ponto de vista.
Carinho que bem lhe devoto hoje, são os mesmos detalhes sinceros que não soubeste aprecisar ontem.
Sensata como eu nunca havia sido antes...Pena que houve o nó na garganta... Santa!
- Moça, suma em silêncio. O que seus olhos não me falaram nas noites que eu mais precisei, berros culminados não suprirão desafetos passados.
Beija-me suavemente em sonhos doces para desamargurar a solidão, Cinderela. O que foi aparentemente real, agora é borrão de aquarela.
"Que descolorirá" ...
domingo, 13 de maio de 2012
Tentativa de análise semiótica do meu eu mais complexo que a semiótica em si.
Eu só quero dizer que eu sou mais que isso! Eu sou mais do que essa menina de cabelos castanhos ondulados. Eu sou mais do que o batom vermelho que não sai de meus lábios. Eu sou mais do que o blush que deixa minha face menos pálida. Eu sou também mais do que o modo como acordo: descabelada e sem maquiagem alguma. Eu sou mais do que as roupas que eu compro porque eu gosto. Eu sou mais do que meu corpo totalmente nu. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro para os trabalhos escolares. Eu sou mais do que as fotos amadoras que eu tiro aleatoriamente. Eu sou mais do que o meu gosto musical conturbado. Eu sou mais do que os poemas que escrevo. Eu sou mais do que o meu sorriso alcança. Eu sou mais do que meus olhos dizem e mais ainda do que seus olhos me enxergam. Só não venha me pedir pra dizer até onde eu vou. Até onde sou. Só não venha me pedir para explicar esse meu desejo de ser essência e muito mais. Não há palavras, sinônimos, comparações para me resumir. Talvez eu não tenha um resumo, talvez minha biografia ficara cheia de páginas em brancas por falta de coragem de minha parte, ao tentar fazer com que alguém me entenda. Mas sei também que sou mais que essa sensação que carrego dentro de mim: MEDO. Sou mais que meu ciúmes que um dia já foi um tanto que doentio. Eu acho que sou amor. Só não tenho certeza até quando;
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