terça-feira, 20 de outubro de 2015

Apenas por obséquio


Eu não sei ao certo todos os meus planos, mas se não me engano, queria estar em alguns dos seus.
A gente ainda precisa ver o mar num final de tarde e reclamar da brisa que faz a areia voar nos nossos olhos. Precisamos ir ao cinema juntas e sair insatisfeitas porque mais uma vez, o vilão de dá mal no final. Garota, nós ainda precisamos fazer o cruzeiro que já comentamos, ir aqueles seus três museus prediletos, comprar dois pares de patins e visitar aquele boteco feio com cerveja barata que sempre passamos na frente mas nunca entramos.
Tem o show do Chico, da Florence e da banda Folk desconhecida na Avenida Paulista. Tem o bolo gelado da minha avó. Tem a gente pertinho, com os olhos sorrindo e os lábios dizendo "Aceito!". Tem a varanda do nosso futuro apartamento, as suas, as minhas e as nossas conquistas. Tem a gente dando bronca no Miguel, na Sophia e na Alice. Tem a gente. Tem vontade, sonho, desejo e amor... Até de sobra. Mas como eu disse, são só alguns dos planos... E por obséquio, gostaria que você apenas me acompanhasse e se rendesse de uma vez por todas à minha poesia. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Olhos cometa


Os seus olhos falam menos que suas palavras... Mas não posso deixar de dizer: Eles são profundamente mais honestos. Eles berram. Nos dizeres mais doces e sussurrados no qual me lançam seus lábios... São seus olhos que mais me alcançam. São eles quem me mastigam e que consecutivamente me engolem. Olhos castanhos brilhantes e extasiados. Seguem cada respiração quente na cama que se esvai quando estamos juntas. São seus olhos penetrantes que me (m)olham. São eles também quem me secam a cada movimento. Diante de seus olhos, garota, já fui de puta à freira e posso dizer convicta de que seria todas as vontades que existem dentro de nós... De domingo à segunda-feira. 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Fatal


As vezes eu sinto falta do cheiro de dama da noite que tinha no fundo de casa antes da reforma. 
Sinto falta de perder os olhares na avenida. Patrícia, eu sinto a sua falta. Quero dizer que sinto falta dos dias que eu levava a escada da minha mãe até a calçada na rua debaixo pra colher amora. Sinto falta do que faz muito tempo. Sinto falta até de ontem. Eu sinto falta do que eu nunca tive oportunidade de alcançar, mas ironicamente me alcançou. Me tocou. Me bagunçou. Principalmente para mim, que sei que não se deve usar "ME" no começo de uma frase. Sinto falta da objetividade. Sinto falta dos agudos, graves já conheci demais. Demasiadamente sinto falta do espaço oco que  é não sentir falta. "Se sente falta é porque não está ali" e se não esta mais ali, como pode pesar tanto? Fico pensando. Penso também como as vezes no calor da revolta a gente sempre comete uma falta... E preocupante é pensar que se mudarmos o "L" do meio para o final seria drástico. 


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Apenas o real


Tudo o que parece distante do real me desarma. Despido-me de futilidades e cuspo a certeza de que esse é o correto a ser feito. Sou maré calma mas aprenda a remar antes de tentar navegar. Cautela e honestidade: O mar conhece todos os seus marinheiros. Você pode pedir sutileza para aguentar a travessia ou pode revoltar-se. Gente revoltada o mar engole só pra mandar de volta pra terra tempos depois. Seja direto, rodeios geram redemoinhos. Sou feita de simplicidade, qualquer brisa me agrada, qualquer pôr-do-sol é bem vindo, troco uma tarde no cinema por um dia todo só pra te ver sorrindo.
Topo acampar no quintal, chocolate não gosto com grande porcentagem de cacau, gosto de tudo o que é doce... Será que é pra contrastar no meu sal?! Usar a metáfora do mar para se descrever hoje em dia sei que é comum, mas não sei porque tanta gente foge disso. Num mundo cheio de loucos algo comum nos torna "ok". Eu vejo poesia num chá de hortelã mas não vejo nos textos de Shakespeare e isso não deveria ser um problema, uma vez que o poeta era ele, não eu.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Expansão


O conteúdo da nossa mente está sempre em fase de expansão. Permita-me dizer que quando me refiro à "conteúdo da mente" não digo porém em relação à tudo o que você armazena nela, por exemplo: matemática, física, química e de tantas outras matérias escolares... Aliás "matérias" está mesmo longe do assunto, pois me refiro ao conteúdo não material.
Ele pode partir sim, de algo material, por exemplo: Quando um sorriso é lançado para você através de alguma pessoa (seja ela conhecida ou não) é algo que é realizado pela matéria mas as reações que ocorreram transcende as barreiras materiais (como por exemplo, sua felicidade e emanações ao receber esse gesto) Tudo isso gera energia (Ah, e o que não gera?!) e sim, nossa energia está sempre em expansão e o que fazemos com ela vai definir nosso nível espiritual que por sua vez nos definirão, quer você aceite ou não.


Quando digo que ele se expande é mais no sentido de crescer, evoluir. Lembremos que nenhum espírito regride. SIM: Nenhum.
Conteúdo esse que muitas vezes se recicla, uma vez que você ao obter um aprendizado após passar por algumas enumeras situações, consegue mudar hábitos que antes julgava ser praticamente impossível de detê-los.

Ter conteúdo amplo e positivo no mundo de hoje ainda parece coisa de gente careta. As pessoas ficam espantadas quando percebem que você não quer entrar na onda delas para maldizer sobre a vida alheia (e que onda brava!)
É saber que você não é perfeito mas entender que se você está aqui encarnado é porque você quer tentar e vai agarrar essa chance com unhas e dentes.
É não julgar. É tentar parar de reclamar. É pedir forças e ter fé que o mundo pode sim melhorar.
Ter conteúdo amplo e positivo é olhar e orar para todos de forma igual: do bem ao "mal".
É saber que a religião é o que menos importa e principalmente que não existe a melhor religião, uma vez que a melhor religião é aquela que nos melhora.

E quer saber, cara? Se isso caretice for... Que se expanda!



quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Prevenção ou Pré Invenção?


Estão todos "preventivamente" revoltados
Dizem estar confusos
Mas andam armados
Não é aquela carabina do Adoniran
É algo mais forte, 
Algo que se estende inclusive após a morte.

Querem prevenir-se contra algum tipo de mal
Franzem a testa
Vestem máscaras
Quase chegam a grunhir 
Alguém os avise:
O mal começa é aí.

A única coisa que levamos 
É o que somos 
E o que somos
É o que sentimos
Sente?

A melhor prevenção contra o mal
É trabalhando em prol do bem
E quando o trabalho é bem feito
Não há necessidade de máscaras:
Haverá o respeito

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O fim não existe


Repetidamente falarei e de certa forma com clareza o quão importante tu és para mim. Peço porém, que não te enjoes tão facilmente pois tenho a mania bizarra de falar apenas o que realmente vier a sentir. O que realmente me comover até o âmago. 
Sendo assim, se você se tornou uma parte de mim, uma importância sem fim, a culpa também é tua. 
Não perca tempo tentando entender o porque do adjetivo "bizarro" ao tentar explicar-te algumas de minhas manias, até porque se bem me conheces, entende que não gosto de causar interrogações mentais. 
Por gentileza menina, caso eu possa fazer um pedido, quer dizer, mais um além de que não se enjoe do meu amor é que continue me amando. Exatamente desse mesmo jeito que a gente se ama. De olhos abertos e fechados. Na balada e no quarto. No bar e na grama da praça. No modo como nossas mãos deslizam pelos nossos corpos de uma forma que parecemos estar tocando a "coisa" mais valiosa que nossas mãos já puderam sentir. Quando a gente se aperta bem forte tentando entrar dentro da outra. E sabe, toda vez que isso acontece, tenho que te confessar que você entra um pouco mais em mim. O fenecimento do vazio ocorreu depois da tua vinda e se você decidir ficar comigo até o fim dos nossos dias, eu estarei ainda com você também, após eles.