terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Última vida


Vestido longo colorido cobriam seu corpo esbelto. Entre risadas jogava ombros e quadris de um lado para o outro. Cabelos longos e meramente ondulados alcançavam o centro das suas costas. Ela era tão leve e solta, que quem parecia a conduzir era o vento. Final de tarde agradável, mas a morena dançando ofuscava o glorioso  pôr-do-sol. O seu povo em volta, deixando-a no meio do círculo humano, batiam palmas saudosas e sentiam correr nas veias uma felicidade explosiva. Eram jovens, crianças, idosos, todos os credos e cores, todos os cheiros e sabores. Todos necessitavam da energia que esvaia da morena que, embora soubesse o quão estrela era, achava mais sentido ser cadente e por onde andasse, pela terra que passasse, tratava de realizar o pedido do seu povo. Era rainha sem coroa, era princesa sem salto. Era mulher de vestes simples e pés no mato. Era enviada dos céus para espalhar boas energias e o seu sorriso matava calado todo e qualquer mal olhado. Em milésimos de segundos ela limpava o ambiente e abençoava também o povo descrente. Evolução era o teu pedido, Amor a tua ordem. Dizia:  "Fazer o bem para quem é do bem e um bem maior  para quem ainda não é!"

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