sábado, 24 de maio de 2014

"Mata mais do que bala de carabina"


Alguns vão chamar de sorte, outros de destino, enquanto eu prefiro não apelidar de nada. Não há rótulos que satisfaçam toda a proporção iluminada que teu sorriso compõe no meu dia. Hoje roubei o ar que você expirou docemente em direção à minha boca e enquanto meu coração palpitava algo bom, eu me perdia por entre seus ares. Eficácia em engolir com os olhos, parabéns. Deslizei por entre os olhares e me perdi um pouco mais. Pouco à pouco, com calma, nossos lábios enfim se tocaram. Ficamos sem jeito e rimos. Eu desviava o foco: parede rústica, pessoas passando, copo de bebida... Tudo numa tentativa frustrada de me localizar... Me situar. Uma conclusão foi adquirida e por bobeira preferi não compartilhar, mas era fato: Nunca teve tanto amor espalhado por aquele sofá preto. Foi com nossos corpos feito ímã e pensamentos ecoando a paz que me encontrei. Um primeiro beijo longo e arrebatador: nossas línguas expressando livremente o elo de um infinito num eterno presente. 

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