segunda-feira, 27 de maio de 2013
Escombros
Olhou em meus olhos com a mesma expressão de autonomia fragilizada, secou sua lágrima unitária e fez descer em seco sua saliva amarga. Doía só de olhar. Laço desfeito feito pó maciço, vômitos eram desesperos, nós na garganta e consciência eram como escombros. Com um abraço e um perdão eu poderia mudar o fim da história mas não mudaria seu coração, ele já estava morto e ressecado há tempos.
Canivete rente ao punho, sangue jorrado por todos os lugares. "A culpa é tua..." . "Cala-te a boca!" - Cuspi no corpo desmaiado e o mesmo comecei a fazer. A culpa era tão dela quanto minha.
- Te vejo no inferno.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Essa amargura da qual a culpa é portadora. Esse sangue desperdiçado quase sem razão, porque amanr é fácil, mas desatar os nós, desfazer o nós e seguir em frente é que é pesado.
ResponderExcluirPoucas palavras, mas de uma profundidade imensa, como sempre vejo por aqui.
Beijos, Lê.
www.semprovas.blogspot.com
Como é difícil ás vezes chegar ao fim... e será que em alguns casos o fim realmente chega? Cheio de ressentimentos, mas com lembranças vivas da felicidade única que se teve um dia como eterna tortura...
ResponderExcluirabraços!
http://princessandfashion.wordpress.com
Isso dói só de ler.
ResponderExcluirAposto que era um amor bonito que foi se consumindo com o tempo e se deteriorando com as coisas ruins que vão acontecendo. Nada pior que encontrar um complexo amor e ódio no inferno.
Um retrato duro de quando a culpa leva ao limite. Como ela raramente é de um só lado, perderam os dois, a própria vida.
ResponderExcluirBjos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAgora vai mandar mensagem colada pra puta que te pariu.
ExcluirObrigada.
Texto visual, gostei muito
ResponderExcluirLegal seu espaço, parabéns!
Oii Leh, profundo, voce escreve bem demais =D
ResponderExcluirQue profundo, to sem palavras! =)
ResponderExcluirNOSSO CAPRICHO
apsmass.blogspot.com
Você escreve muito bem floor. Adoreei. Ja estou seguindo.
ResponderExcluirhttp://masqueumdiario.blogspot.com.br/
Pesado, né?! Tô aqui digerindo, pensando, sem palavras...
ResponderExcluirBeijos, Entre Aspas
Uou! Um belo assassinato!
ResponderExcluirNada mais surreal do que descrever um crime brutal. Parabéns.
ResponderExcluirOi amiga, ótimo post! Muito bom, adorei!
ResponderExcluirTenha um ótimo final de semana, beijos!
algo de Bukowski nesse texto...a violência é tão fascinante
ResponderExcluirÔ Letícia tão bonzinho o texto, mas esse "nó na garganta" é uma expressão muito viciada na literatura. Bom, espero que tire proveito (do seu jeito) da crítica. Abração.
ResponderExcluiroi, passando para super agradecer as palavras gentis!
ResponderExcluir:)
Muito profundo, de verdade. Mas entendo o que quer dizer. Belas palavras! =*
ResponderExcluir"mas não mudaria seu coração, ele já estava morto e ressecado há tempos"
ResponderExcluircomo é que a gente muda isso, Le? como é que a gente revive quem perdeu a esperança? eu to perguntando de verdade, você acha que tem jeito?
eu sinto que eu escrevi esse texto, que bizarro.
e continuo descendo.
ola Letícia tudo bem?
ResponderExcluirestava passeando pela internet quanto cair em seu blog, estou atras de novos blogs que nao conheço e que desejo ter um vinculo com eles, na verdade gostaria de saber se você esta aberta para entrevistas? na verdade meu blog tem em uma de suas categorias a entrevista e nela buscamos novos blogueiros e que seus blogs expressem o que pensa o acreditam e muito mais.
seu blog gostei de cara, tem uma boa escrita, é profunda do jeito que gosto de ler.
então se desejar participar de nossas entrevistas acesse:http://form.jotform.com/form/20421318816e responda as perguntas, poderá depois fazer uma postagem que participou da entrevista do blog, eu agradeço de antemão mesmo que recuse a entrevista, mesmo assim passarei a visita-la.
um abraço
literaturaearte0809.blogspot.com
@ns_rafael