terça-feira, 25 de março de 2014

sinais


Em apenas uma hora, numa estação de trem, milhares de pessoas vão e vem. Muitas despojadas, algumas arrumadas. Tem as de face serena, tem também as que visivelmente não estão num dia bom. Por sorte do mundo, tem as de sorriso aberto que por onde passam, deixam suspiros encantados. 
E eu pensava em tudo isso sentada em um ponto de ônibus, sozinha. Eu não estava numa estação de trem, não haviam milhares de pessoas, mas de fato, eu já estava ali por um pouco mais de uma hora. Três ônibus perdidos. Um turbilhão de vontades guardadas ocasionalmente no bolso. Uma pergunta que martelava na cabeça: Quantas vezes vamos cair na mesmas armadilhas? E a dor de não achar uma resposta convicta comprimia o peito. E eu fico sempre nesse paradoxo entre o amor e dor. Eu pensava num sorriso gostoso e ficava feliz e outro pensamento me roubava a cena, deixando-me triste. Eu não sei de muita coisa. Sei que em apenas uma hora se passaram três ônibus. Três oportunidades de voltar pra casa. Deixei passar porque nem assim, me sentiria em mim.  Uma hora passa também toda essa dor. Uma hora passa um sorriso. E se todos esses pensamentos não passassem de meros devaneios, se de fato, eu tivesse a quem esperar... Eu perderia quantos ônibus fossem preciso. Mas estava a vir o próximo e quem vive de incertezas, automaticamente deixa de viver! Estiquei os lábios junto com o braço e subi no ônibus vazio. 

domingo, 9 de março de 2014

Mais pra lá, do que pra blá blá blá.


Cada um com suas particularidades, e eu, particularmente prefiro as suas. Gosto tanto desse seu jeito de valorizar cada momento, até os mais comuns como se fossem valiosos minutos. Quando toca uma música animada no carro e sua emoção transborda pelo olhar, é como se iluminasse todos os quarteirões a nossa volta, entende? Quando você chega sorrindo um mar inteiro de amor, e me molha com um beijo, mata minha sede da semana inteira. Não exagero quando digo. Peco por tudo que não te contei ainda mas já escrevi: Dos três filhos que teremos. Da rede laranja na varanda. Do jardim na entrada. Do dó, ré, mi, fá... Canções que não saberei cantar. Nunca soube, né? Nem cantar e nem sambar mas minha fé é bem grande, será suficiente o pouco que sei fazer: Escrever, rezar e te amar.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A M O R com todas as letras e acordes


Uma mão segurava um violão antigo e totalmente indispensável, enquanto a outra segurava a mão delicada de sua amada. Traçavam o caminho que mais lhes apeteciam de acordo com suas vontades. Entre dunas desertas e doces suspiros tudo o que queriam eram repousar seus corpos em algum lugar belo. - Atrevo-me a dizer que eu deitaria as personagens entrelaçando seus corpos e o belo se faria presente por si só, mas leitores são gulosos e a história não teria graça.- Em poucos minutos o sol iria se por, o calor, apesar de abundante não as entristeciam, as mãos suavam quentes. Quentes estavam por inteiras e estou dizendo por dentro! A vontade de achar o local ideal, é quem dava forças para continuar a caminhada e então entre risadas e afetos chegaram a uma vista de dar inveja - Devo dizer que eu, pessoa que narro esta estória estou com água na boca e sede no peito ao ver essa paisagem em minha mente- uma das moças retirou da sua mochila uma canga colorida e a estendeu sobre a areia macia. Ao sentarem, o céu as presenteou brilhando alaranjado com mescla azul. O céu em cima. Um rio embaixo. O céu refletido no rio. O rio refletido em seus olhares atentos e que de uma maneira tão natural, lacrimejavam amor. Brega! Pense em uma música brega e multiplique ela em muitas vezes. Juntas cantaram "Diga sim pra mim" da Isabella Taviani enquanto o sol, aos poucos ia indo embora após não ser mais necessário. As duas juntas seriam capazes de iluminar várias galáxias em um só toque. Violão na areia. Cabelos aos ventos e uma aproximação maior da personagem que sabe dedilhar acordes perfeitos. Deixou que a ponta da sua língua deslizasse calmamente pelos lábios da sua amada, enquanto seu corpo pesava estrategicamente para deixar sua presa sem movimento. Presa mesmo estava ela naquele momento. Sua sensação de estar completa internamente estava começando a dar indícios de chegada. Começara a ficar molhada. A beijou sem pressa. Pressionava sua coxa em contato com as curvas da garota. Rebolava lentamente enquanto acariciava a face que lhe transmitia paz. Fizeram  amor do modo mais puro e romântico que eu pudesse sonhar e inocentemente tentar transcrever pra vocês. Agora enquanto fundem-se, eu aqui de cima no auge dos meus pensamentos, morro um pouco mais em cada respirar ofegante e gemidos entorpecentes que elas cometem na inocência do meu pensar.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Que a luz se faça presente


No deserto não me perco
Na água não me afogo
Sou um Discípulo de Cristo e por onde eu andar 
Luz há de fazer
Medo há de morrer
Dor há de acabar. 

Guardiões me cercam 
Anjos me guardam
Sou guerreira e minha arma é a bandeira branca da paz.
As trevas não tem vez onde o amor do Pai Celestial reinar. 
E O TEU AMOR EM MIM REINA! 
ACENDE!
BRILHA!

Teu reino é minha morada 
Tuas asas o meu descansar 
O Hino é o da Bethânia, atente-se ao refrão: 
"Não mexe comigo, que eu não ando só!" 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Free Love.


Que seus beijos pousem no meu corpo como doces borboletas. E peço por favor, que durem mais que 24 horas. Como flores roubadas que enfeitam e dão vida ao interior da casa... Você a flor, eu a casa. Creio no teu olhar por mais que ele goste de brincar: Ontem brilhava esverdeado, hoje pela manhã virou mel e sobre o amanhã é quando o meu coração acelera: Eu não sei do que posso esperar. Te espero. Não sei que cor estarão seus olhos, mas sobretudo tenho certeza de que estarão tão radiantes quanto nosso primeiro encontro. Repouse suas asas sobre mim até o último segundo que eu for capaz de te fazer sorrir. Quando não mais puder esticar os lábios, deixe-se esticar repetidamente as asas e então voe, borboleta! O mundo pra quem tem amor no peito, nunca terá fim.  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Angel


"Mãos ao alto, isso é um assalto!" Foi apenas o que faltou ser dito para concretizar o roubo que aquele olhar esverdeado cometeu na minha noite. Entre luzes coloridas, alguns flashes e música em bom alto som eu só conseguia pensar nos mesmos olhos. Olhos que roubaram minha atenção não apenas pela cor clara mas também pelo brilho que refletiu diretamente nos meus. Meu batimento cardíaco chegou ao ápice durante segundos e a após isso a arritmia gritou por socorro! Olhos esses que me coram a face são os mesmos que desejo interminavelmente me jogar pra dentro e então cair no abismo do seu ser. Nadar no teu olhar já me foi profundo mas meu calor é interminável.... Quero todo o seu mundo! 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sinto-me em demasia por te sentir demais.


A sua proeza em esbanjar beleza dissolve toda a angústia que um dia já pude sentir. É como se chovesse pétalas em terra seca. É bom sentir o peso do seu corpo contra o meu. Você nunca entendeu porque forço tanto os meus braços envolvendo teu corpo... É só uma vontade mesmo que incrédula de entrar um pouco em você. 
Quando pisca faço o mesmo pedido torto em minha mente inconsequente: Pensa em mim! 
Porque se tudo o que vai, realmente volta... Se a vida de fato, um eco for... Você saberia quantas pintinhas habitam meu rosto porque haveria contado enquanto eu dormia. Gosto da sua fisionomia enquanto dorme mas prefiro a de quando te acordo com beijos espalhados pelo corpo. Mas acima de tudo gosto quando me implora pra parar com as cócegas. É o único momento em que sinto que está inteiramente ali. Naqueles exatos segundos. Comigo. Pra mim. Com o sorriso mais bonito que meus olhos já puderam contemplar e a risada mais doce que sentiu o meu ouvir. Porque tudo o que você faz, pensa, e é: Eu sinto! E assim, sinto-me em perfeita sintonia com o sintoma mais arrebatador que já me inundou: Amor.