terça-feira, 5 de abril de 2011


Dormindo em meus braços estava a garota que me faz sorrir.
Dormia levemente num sono pesado enquanto eu sonhava ao observá-la.
Apertava teu corpo contra o meu na tentativa de entrar em seus pensamentos
Sintonizava nossas respirações ao tentar furtar um pedacinho da sua essência... Da sua alma.
Seu rosto suave me transmitia uma felicidade que não tinha destino, mas que por indeterminado tempo residia em meu interior e tudo o que eu mentalizava naquele momento, era o que eu queria por muito mais que uma noite: Sonhe comigo menina.

quarta-feira, 30 de março de 2011

correr, cair, levantar, correr... correr... correr!


Corra o mais rápido que puder diante dos palhaços que te veêm partir sem dizer tchau.
Corra até onde for preciso sem ter exatamente onde chegar... Dê um basta na pessoa monótoma em que você se transformou.
Corra por mais que esteja muito cansada, seu corpo está pesando eu sei, mas sua alma já está acostumada.
Corra por mais que queira voltar, você muda de opinião tão rápido que já vai sentir vontade de continuar.
Corra no ritmo do seu coração, sei que ele bate forte, sei que você não quer pensar sobre a razão.
Corra não desejando fugir dos problemas, mas precisando fugir dos mesmos.
Corra também para não ouvir os hipócritas berrarem: Fugir não adianta, covarde!
Corra de você mesmo, corra até tropeçar e levante para correr novamente... Como enfrentará um dia seus problemas se você não estiver forte o suficiente?

terça-feira, 22 de março de 2011


Ela:
Subiu com muito esforço na pedra mais alta
Beijou uma foto que de longe não consegui definir sua imagem.
Ajoelhou ao sentir a força do vento que bagunçava seus cabelos longos.
Chorava com vontade de não chorar, mas as lágrimas pareciam ter vontade própria.
Idiota, repetia quase silenciosamente em seus lábios macios e molhados.

Eu:
Subi em uma pedra alta de um lago encantado.
Sentei para meu corpo não agir no mesmo ritmo das minhas vontades.
Encontrar a mim mesma era meu propósito...
Me Perdi mais ainda, quando avistei a menina chorona, em quatro pedras depois da minha.
Repetia algo sem pausar nos lábios mais desejados que eu já havia visto.
"Heeeey, você está bem?" Pensei em berrar para focar a atenção dela em mim, mas antes que eu pudesse começar a puxar o ar para essa loucura fazer... "TIBUM!"

A Menina se atirou no lago encantado sem eu mesmo saber de sua história.
Levou sua vida, seus lábios, sua foto e por segundos, levou minha inspiração.
É por aquela garota que escrevo todos os versos sem sentidos, sentido bem no fundo da minha alma... Logo logo , no fundo do lago encantado.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Premonição


Sorria timidamente como quem nada queria.
Olhava encantadamente como quem tem algo a ofertar.
Respirava profundamente em pedido de paciência
Girava no palco expressando suas emoções.
Berrava em plenos pulmões atrás de sua personagem.
Vasculhava dentro de si os mais pequenos detalhes da arte interna.
Escutou o primeiro aplauso, muito plausível por sinal.
Merecedora de milhões mais fortes que esses.
Agradeceu em forma de humildade,
Era o começo de sua mais forte utilidade.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os sentimentos entrelaçam uns aos outros.

- Bom dia senhorita, trouxe flores para preencher a falta que cometi por essa semana. - esticava as mãos e sorria ao levantar uma sobrancelha.
- Espero que elas murchem o mais rápido possível assim como você um dia murchará, e tomara que este dia chegue logo. - Olhava fundo os olhos da garota.
- Não tente aparentar frieza enquanto teus olhos te entregam por inteira. - ainda de mãos esticadas sorria.
- Estenda as mãos para oferecer-me cigarro. - cuspia brutalmente no chão.
- Se eu o fizesse quem murcharia mais rápido seria você - Deu um passo a frente.
- AFASTE-SE! - Pegou as flores e deu-lhe as costas.
- não grite menina... Você também sentiu minha falta? - Apertou a cintura da menina estúpida com suas mãos tremulas.
- EU ODEIO VOCÊ! - berrou ao derrubar as flores e virar ao encontro da face que lhe transtornava inclusive nos pensamentos.
Até as estrelas podiam ouvir as respirações ofegantes que eram transmitidas por ambas.
- E eu amo você! Perdoe-me a ausência, meu amor. - vidrada no olhar encantado.
- Diga logo o motivo do sumiço. - a primeira lágrima escorria
- Nosso amor não é correto, é contra a lei, e então eu planejei uma tentativa de fuga, muito mal feita por sinal. - Entristecida acariciou o rosto da garota.
- FODA-SE O CORRETO! Porque voltou?- secou a segunda lágrima caída.
- Não é correto eu fugir do que meu coração uiva todas as manhãs. É contra a lei me entregar apenas em sonhos. Sou tua.
- Devora-me!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


O que resta para mim nessa galáxia insana de devaneios?
A Nuvem em que costumo ficar sentada, o vento levou.
E a Lua que iluminava a vasta estrada... Porque se apagou?

Me traga um copo d'água?
O rio que me concedia tal pureza, vejo que secou.
Pode me doar 3/4 de felicidade?
A estrela que me prometeu, pelo visto se escondeu.

Você queria a mim não é? Leve-me.
Deixe que a nuvem flutue,
Que a Lua brilhe,
Que o rio corra,
Que a estrela converse.

Leve a podre carcaça que restou da garota que sabia sonhar.
Leve o coração mundano que por pouco não para de bater.
Leve apenas o que há de ruim... Leve somente a mim.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ele também fere.


Esticada sob a grama lá estava a garota. Abriu os olhos. Focou em si. Sentou no chão. Desfocou do equilíbrio. Tontura!
Respirou em três contagens. Focou em si. Sentou no chão. Sorriu ironicamente: "Agora vai!" E não é que foi mesmo? Dessa vez conseguiu ficar em pé. Caiu foi a consciência um tanto que pesada em seus miolos crus.
A garota berrou por socorro quando relembrou do crime. O vento uivou ajuda. Seu corpo melado de sangue. O peito da menina caída ao seu lado também!
Uma ambulância talvez poderia salvar. Procurou o celular. Não encontrou, porque óbviamente perdeu junto com seu caráter.
Queria desfazer o mal feito. Queria poder consertar. Desistiu do celular. Achou o canivete. O mesmo inteiro ensanguentado. Respirou ofegante em três contagens. Focou em si: Perdoa-me senhor, por nem eu me perdoar... Dói muito mais em mim, não ter a quem amar.