segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ser flor e florescer.


A Primavera mais florida de todos os tempos é aquela que você acha dentro de si mesmo e caminha mundo afora a distribuir buquês e quer saber um segredo? Essas flores, infinitas são.
Não são as cores das pétalas que despertam sorrisos e sim todo o afeto que carregam quando cultivadas carinhosamente.
Temos ainda muita vida pra viver, muita fé pra rezar, muito amor pra distribuir para que fiquemos de braços cruzados á mercê das pragas, tão pequenas e tão devastadoras.
Ser seu próprio jardineiro é se respeitar e ter a sorte de atrair os mais belos beija-flores.
mude seu jeito, plante uma muda, cuide-se, seja e verás a magia acontecer.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Then I heard your heart beating;


Num gesto cordial estendeu a mão e me convidou pra uma dança. Eu que não tinha nada a perder me prontifiquei a posicionar minhas mãos entre o seu pescoço e retoricamente seus dedos pousaram na minha cintura. Versão acústica da música "Cosmic Love" da Florence and The Machine no último volume do rádio e em expressivos sussurros em nossas bocas. Faíscas surgiam a cada olhar mais profundo e eu não parava de te comer com a visão. Você sorria maliciosamente fazendo assim minha sobrancelha levantar. Faíscas aumentavam e você estava ofegante. Eu molhada. Quis apagar a luz central pra acender a negra mas o criado-mudo estava muito longe. O mundo todo estava ausente. Éramos apenas nós até que o orgasmo chegasse. E eu quero três por dia, até o fim da vida.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pra musicar.


Quando no meu abraço couber o mundo inteiro
Será você morena, que deitará primeiro
Teu corpo suado do samba instiga meu querer desvairado
Erro os acordes quando a vejo mas não erro a mira do beijo molhado

Pétalas são pedaços do teu ser
Que caíram pra florir todos os jardins
morena do cabelo comprido
Despejou as pétalas e ainda exala jasmins.

É tanto amor que tem espaço pro mundo inteiro
Quê adianta abraçar o mundo
Se só contigo meu mundo será verdadeiro?!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ressuscita-me


Suas cores transmitem dores e quando musicadas em pseudos surtos momentâneos do seu ser, será assim: No púlpito impiedoso que há em ti serei mais viva que ao vivo e segurarei rosas brancas ao estender os braços. Impiedoso e letal: Abrir os olhos e não (me) ver tendo a certeza de que ainda emano paz diariamente a ti. Fique em segurança: Mantenha distância! Refletir meu mar no teu deserto é chegar a conclusão: O amor infinito é, se na seca está, verdadeiro nunca foi. Desfalecer dói e o faço todos os dias quando lembro. Aceite as rosas brancas mandadas em doces sonhos pra confortar o meu falecimento.
Aqui jaz a menina-mar.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Milagres acontecem quando a gente vai a luta!" - TM


Meu coração pulsava dor através de artérias envenenadas sob a dura obsessão do sofrimento. Divertia-me tomando café amargo para ajudar a fechar a cara logo pela manhã e virando altas doses de cachaça barata durante a madrugada. Olheiras extensas destacavam na minha pele pálida. Cansada da minha vida (ou da falta dela) havia decidido o que faria nessa manhã de setembro: abri a janela do meu pequeno apartamento localizado no sétimo andar e minutos antes de me jogar com as gaivotas lembrei-me da época em que eu ainda conseguia enxergar o mundo de forma colorida e de como meus sorrisos já chamaram outros e me envergonhei demasiadamente pela pessoa no qual havia me tornado. Quando eu deixei de ser luz? Questionava-me. "Não deixou!" Retrucavam-me. Não deixei! Ajoelhei em frente da janela e ergui a cabeça aos céus, coloquei as mãos no coração e nesse exato momento eu me perdoei. Eu de fato não sabia quem eu era, nem o que eu seria dali pra frente mas apenas de sentir o sol aquecendo meus poros depois de tantos meses trancada na escuridão, uma primeira certeza eu já tinha: Eu queria viver! E eu não precisava de que todos soubessem que eu venci uma batalha contra mim mesma e sim, agradecer aquele Senhor lá de cima por permitir que eu abrisse os meus olhos e enxergasse que eu era a culpada de tudo o que me acontecia. Era meu padre e meu álibi e dali pra frente eu escolhi que não haveria nem uma partícula de rancor no meu peito. Roguei por mim e por todos que me humilharam. Clamei a paz e devotei o Amor. Chorei até a alma ficar limpa e senti um calor desprovido de perigo e prontificado devido o louvor. Em volta de mim a luz foi crescendo e expandindo horizontes pois eu desejava que ela alcançasse desde uma grande montanha até uma viela qualquer e que nem um ser humano até o mais desumano permanecesse nas trevas.
Aliás, "Onde há luz, não há escuridão". E que a luz seja espalhada diariamente pelos Discípulos de Cristo. Seja um de nós... Seja luz.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dizer já é contradizer.


A cama bagunçada com o lençol do avesso é um pretexto para deixar de arrumar o que me desarma. Não são apenas os olhos cabisbaixos que me vem aos pés e sim a infortuna pureza que toca desde o tornozelo até o último fio de cabelo. O quadro torto é pra culpar o vento impiedoso e inventado pelas cartas aos montes embaralhadas. Deito no chão gelado que é pra não sujar o tapete e acendo um cigarro que por ironia me remete ao fato de que não sei tragar. Tusso na tentativa frustrada de tirar a poluição que me invade a boca mas que bobeira, rio sozinha por meros segundos: já faz um tempo que não a beijo. 
Apago a luz pra dormir na escuridão e pra contrariar deixo a janela aberta que é pros raios solares me desejarem um dia bom e lembrar que a vida "é bonita, é bonita e é bonita!" 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nas férias que me afoguei.


Que o calor do teu corpo moreno possa ficar novamente em contato com a minha pele de neve, porque a fome que deveríamos ter saciado nos poucos dias em boa companhia, só me serviram pra abrir o apetite.
Conheci a ti primeiramente em poesia e só quando sua respiração fundiu com a minha, pude perceber que a menina dos cabelos compridos que tanto já detalhei em meus versos é real. Talvez com o gosto musical um pouco conturbado e com o sotaque mais puxado porém com o mesmo dom de me deixar extasiada a cada sorriso estampado na cara e de acorrentar meus pensamentos ao dela. A culpa não é minha... Provavelmente é do Arpoador e de toda a magia que a natureza despeja pelas suas ondas. Ondas que quebram ao vento contínuo e são capazes de paralisar o tempo de qualquer  menina sonhadora. De volta a realidade aqui cidade Cinza a minha vida se pinta um bocado a cada vez que ouço sua risada ecoando pela minha memória, agora sem retalhos preto e branco. Trancada nos meus desejos, pergunto-me como que ela pôde dar atenção aos meus olhares e afetos tendo aquela cidade maravilhosa por inteira. Arrisco: Trilha pelas curvas do meu corpo e prenda uma pequena no teu cais inquieto, morena.