segunda-feira, 1 de abril de 2013
"Quase sem querer"
A verdade é que nem se eu contasse a história inteira detalhadamente, com todos os pingos nos I's vocês iriam conseguir entender o motivo no qual passo o dia todo com o olhar iluminado, coração radiante e sorriso puro. Sendo mais sincera ainda, nem eu sei o motivo pra tanta felicidade. Ela não cabe mais no peito. Terei sim, que escrever sobre o assunto.
Cada parte de vida que compõe o teu existir aparentou-me ser tão ilusório devido a tanta perfeição mas que após avaliado em cores, a olhos nus, tive uma certeza: és real.
Como movimenta os lábios ao contar sobre o seu mundo. Como ficas a me fitar profundo me deixando completamente sem graça. O modo como pisca. Como andas. Como ri. Como respiras. Como roubava-me beijos na bochecha. Pergunto-me: Como podes existir? Fico surpresa por não ter apenas um rosto de boneca. O coração é tão doce quanto domingos ensolarados. Gosta de tudo o que eu gosto e diz até gostar de mim. É uma hora da manhã, gostaria de ir dormir mas tem algo que não me some da cabeça... Se eu a pedir hoje mesmo em casamento, será que ganharei um "sim" ?
O fato é que não passará de pensamento. Não passará de uma moça que encanta a todos apenas pelo teu existir. Não passará de alguém que desejo desde o fundo do peito, que agora exala os mais doces perfumes até a poesia mais bonita que eu poderia idealizar: Tu.
quarta-feira, 27 de março de 2013
Doce tormento.
Não há um mínimo buraco para escape.
Não há nada disso dentro de mim.
Jamais conseguirei fugir.
Não há monstros ou bruxas.
Não há nem se quer um assassino meia boca.
Não há nada disso dentro de mim.
Logo, por qual motivo quero sumir?
Pecadora insana:
Sou meu Padre, sou meu Álibi.
Minha caça
É gente da minha raça.
Primeiro almeja e seduz
Faz amor em céu aberto
Come cada parte do corpo
Chora ao pé da cruz.
Assim que sempre fiz:
Degustava parte por parte sem nojo ou desdém
Canibalismo amoroso, felicidade momentânea
Porque todo final de amor, acaba em choro?
Eu que mato. Eu que morro.
terça-feira, 26 de março de 2013
"Você tem exatamente três mil horas pra parar de me beijar"
segunda-feira, 18 de março de 2013
Muita ausência cria indiferença.
Perdeu a vida tentando ganhá-la
Derreteu-se em pranto profundo
Lastimou-se por toda eternidade
Podemos ter várias vidas,
Porém algumas chances são unitárias.
Perdoar não é esquecer
Amo a ti de longe
Sua presença só me fez adoecer.
Nem mais uma lágrima tenho a derramar
Por dias estive no fundo do poço
Amargo, frio e solitário
A duras e cruas, levantei.
Seu rumo agora, cabe somente a ti
Tenha como recado:
Pra matar um grande amor,
Primeiro há de partir.
segunda-feira, 11 de março de 2013
"Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo"
Entre uma poesia barata e outra feitas numa tarde chuvosa, optei por não mais escrever sobre o amor e muito menos sobre a falta do mesmo. Tudo o que consegui foi rabiscar o papel e ainda pausadamente, levantando hora ou outra para preparar chá de camomila. Estranho ter essa sensação de que antes de vir pra esse mundo maluco passei demasiadamente mais na fila do amor ao próximo do que na do amor próprio. Acho que eu pegava a dose e já voltava pro final da mesma fila. Só esqueceram de avisar que o gosto era bom apenas na hora. Minha boca está amarga. Coloquei o dedo na goela pra tentar vomitar o que havia comido semana passada. Saíram as tripas mas não saiu você, estranho. Então vou para quinta xícara de chá acompanhada de alguns trovões caóticos. Minha gata começa a alisar sua cabeça na minha panturrilha e a miar descaradamente e aí eu me imagino fazendo o mesmo em alguma mulher toda vez que quisesse carinho. Hoje seria ótimo. O celular não para de vibrar devido o whatsapp lotado de amigos vazios me chamando pra ir pra balada. Não quero balada, não quero festa, quero carinho. Calma, eu não queria escrever poesias sobre o amor mas tudo o que eu penso é isso. Amasso o papel e jogo em direção ao meu notebook. Me dei conta que não troquei a imagem de plano de fundo. Droga. Sexta xícara de chá e uma ideia: dormir! Banho tomado, dente escovado, ritual de escrever no espelho do banheiro com o dedo após fazer o mesmo de sauna, pijama de bolinhas, beijinho na gata, abajur aceso, ursinho de pelúcia (E daí?) e na hora de rezar adivinhem... Pedi amor. Amor pra esse nosso mundo que já o banalizou tanto. Amor de verdade, Amor que começa na alma e termina em boas atitudes. Amor honesto. Amor que soma. Amor que amadurece. Amor recíproco. Amor que não acaba com o passar do tempo, apenas aumenta. Porque a falta dele me corrói. E ainda cresce...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
"Seja bem-vindo, meu lindo amor"
Não sorri de imediato pois por segundos me perdi em cada detalhe que minha visão me contemplara.
Cachecol vermelho destacava-se na blusa de manga comprida branca. Seu sorriso destacava-se na multidão que por momentos parecia não existir. Não havia mais frio no meu peito quando meus lábios lançaram a ti um sorriso e tu a mim fizeste o mesmo ato. Menina, agora acho que já posso admitir que não tem nem uma vírgula que eu mudaria nesse dia. Foi tudo planejado por Anjos, meu atraso na aula, minha vontade de ficar sozinha sentada no banco do bloco D e seu desfile categórico em minha direção.
Parou na minha frente e lançou um tradicional "Posso te fazer companhia?". E realmente, precisou perguntar? Não conseguiu sentir que eu exalava todas as minhas poesias dóceis por cada poro de minha pele apenas de ver suas covinhas? Nessa noite eu pude prever que nem tudo estava perdido pra mim, eu teria a você e isso é inteiramente, puramente, somente: verdadeiro.
"Será por toda vida?" - Perguntei; E aliás, você tinha que ver seus olhos iluminados, molhados, apaixonados quando eu cheguei pertinho da sua boca e senti sua respiração quente em meu nariz gelado.
Que seu cheiro é o melhor sentir do mundo é um fato mas aquele beijo escandalosamente fervoroso como resposta de minha pergunta, garota... Foi o maior culpado da minha vida floral. Estar com você todos os dias é como caminhar pelas flores. Até o sorriso fica colorido.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Onde o sol não alcança.
Triturava as folhas secas com seu dockside vermelho sujo, no fundo do seu quintal-floresta, a parte predileta da sua casa.
Domingo, manhã, outono e seus passos circulares no ritmo da sua mente-moinho.
Ventania suave bailando com as flores, camisa floral amassada, face pálida, menina perfumada.
Triturava as folhas secas apenas para distrair os ouvidos do som que a perseguia quando tinha seus surtos, queria ouvir algo diferente que não fosse o seu coração explodindo em arritmia.
Doença, falta de crença, carência.
Apenas um metro e cinquenta e nove centímetros de gente, quarenta e oito quilos, nada atraente.
- Ela não virá.
Ela não virá. - Sussurravam seus fantasmas internos.
Deitou na grama úmida e despiu-se timidamente para o sol que penetrava poros adentro sem pudor algum.
Louca! Ela estava nua e louca tendo a certeza de que passaria a tarde inteira apenas com os raios solares e sua mão desajuizada mas por bençãos divinas:
A
Campainha
Tocou.
Levantou-se e em três segundos abotoou sua camisa ironicamente, pois sabia que não demoraria muito para arranca-la novamente. Batom vermelho, franja bagunçada pro lado, chave do portão.
O sol fora desprezado com a chegada da garota que lhe roubara a paz.
Quis chorar de felicidade, quis abraçá-la pra nunca mais soltar, quis vomitar toda sua necessidade reprimida mas com a face bem serena, destrancou o portão e tudo que conseguiu fazer foi soltar essa frase quase que muda:
"Sabia que tu viria". - Estendeu a mão e conduziu a menina de vestido branco até um lugar secreto para fazê-la desfrutar de algo que nem o raio solar mais comprido e intenso pôde alcançar.
Neste dia percorreram várias Galáxias perdidas sem nome mas com rumo: Prazer, amor.
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