segunda-feira, 20 de julho de 2015

Por todos os cantos


O amor naquela noite foi também palpável. Pude senti-lo queimar em minhas mãos e quanto mais queimava-me mais difícil era de soltá-lo. Eu respirei o amor naquela noite... Pelo nariz e também pela boca. Enquanto ele entrava em meu corpo eu me forçava para não perder a concentração e não aparentar toda a fúria que eu sentia internamente. A fúria mais contraditória que eu já presenciei, ela trazia paz. Respirava-o lento. Tragava-o sem medo de viciar-me. Calmamente degustava-o. Exatamente naquela noite eu pude enxergar o amor e não liguem para a confissão à seguir: Eu também o enxerguei de olhos fechados.
Naquela noite, pela primeira vez, eu queria que o tempo parasse. De fato, ele não parou, mas eu parei naquele momento mesmo após três dias já terem se passado. Eu comi o amor, cada parte dele. E digo mais, eu o comeria todos dias: Almoço e Janta, sem reclamar! O amor estava ali, dentro de mim e dentro dela e os nossos beijos, naquela noite, não foram apenas selar dos lábios, deslizar de línguas e afagos sintonizados... Os nossos beijos foram sussurros calados em silenciosas promessas. O nosso beijo foi um grito de verdade despido de qualquer vaidade e a única maldade era não dividir isso com mais ninguém da sociedade. Foi eterno enquanto durou, não. Aquela noite "durou" porque está sendo eternamente viva dentro de mim. Por todos os enquantos que sou e por todos os encantos que me faz sentir. 

Um comentário:

  1. continuo me inspirando nos seus escritos e voocê continua me causando inveja <3

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