domingo, 8 de fevereiro de 2015

Admita o amor e demita-se das ilusões


Quando eu chegar em casa e te roubar um beijo eu quero que você pergunte sobre o meu dia e me acalme o cansaço num abraço. Que possamos nos olhar ainda na porta de entrada e conversar pelos olhares, "Como é bom estar em casa!"  Podemos fazer o jantar juntas com o som ligado, abrir sua cerveja alemã preferida para degustarmos. Nos dias frios, podemos trocá-la por um vinho doce. Desculpe-me o fato de que mesmo depois de anos tomando banho com você, me perder em cada curva do teu corpo. Toda vez que você abrir os olhos após tirar o shampoo da cara e eu estiver com a mesma feição de encantada. A mesma cara do primeiro dia em que meus olhos te avistaram! Desculpe-me não conseguir disfarçar, menina. Desculpe-me! Então eu não iria pedir para você ensaboar minhas costas, porque você já se acostumou com os meus pedidos. Colocar um pijama confortável, não ligar se o cabelo está enrolando e ouvir você elogiar os meus cachos escuros, enquanto eu insisto que os seus escorridos são mais belos que qualquer outra coisa! Deitar no sofá da sala com o vidro da sacada aberto. Sentir o vento, ver a cortina balançando, arrepiar com a mulher que está ao seu lado. Rir das piadas sem graça, fazer cócegas até ficar sem ar, morder do pescoço até a coxa! Sentir uma paz digna dos mais puros. Digna de quem botou a cara pra bater e foi até o fim. Desculpe-me o ledo engano, o amor não tem fim. Uma paz digna de quem admitiu o amor e demitiu-se das ilusões passageiras. Uma paz real. A Nossa paz. Triste é quem vive a vida sendo sinônimo de fogos de artifícios... Podem sim, colorir o céu e fazer olhos brilharem...São lindos.. Estonteantes, mas... Desculpem-me esses, eu prefiro olhar a Lua, principalmente enquanto você entrelaça seus dedos nos meus, pois assim como o amor a sua luz nunca terá fim! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário