terça-feira, 5 de agosto de 2014

Da boca pra dentro.


Empurrou-me contra a parede e devagar, conforme o ritmo da música inclinou sua cabeça em direção à minha. Apertei sua cintura com a mão esquerda, enquanto a direita grudou automaticamente na sua nuca. Puxei sua cabeça para trás. Não era o momento certo para dar o primeiro beijo ainda. Eu queria mesmo é que ela ficasse louca de desejo do meu beijo. Queria que ela salivasse ao olhar minha língua deslizando em meus lábios e olhando fixamente em seus olhos. Rebolei para que sentisse suas coxas grossas no meio de minhas pernas. Puxei seu rosto novamente pra perto. Respirei no seu ouvido e brinquei com a língua em volta da sua orelha. Respiração estava ofegante. A pele queimava. O toque ardia. Nessa altura eu já enxergava seus lábios molhados e mais que isso, eu me sentia molhada. E num lapso de segundo, deixei-me levar pelos nossos desejos aguçados. Poderia dizer que trocamos respirações que saíam faíscas de tão quentes. Era energia. Eu segurava sua face com as duas mãos. Acariciava seu belo rosto; "Enquanto alguns falam de amor da boca pra fora, nós fizemos amor da boca pra dentro" Nos beijamos. Era o primeiro passo na entrada de um longo labirinto.

* Frase entre aspas meramente emprestada do autor Zack Magiezi.

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