domingo, 8 de abril de 2012

Se digo em terceira pessoa do singular, reveja.


Dia 1:
Metade era menina feliz
Metade era palhaço triste
Uma parte era correta
Outra filha da puta
Positivo com negativo se anulam, não é matemática?
Vegetou o dia todo ao som de grilos na varanda.

Dia 2:
Já não se ouviam os grilos, até porque
Ela não estava mais na varanda
A Varanda que estava nela.
Numa parte não havia vida
N'outra também.
Estirada ao chão não se mexia...
Apenas o sangue derramado pelo pulso, escorria.

Dia 3:
Monstros foram alimentar-se de seu sangue amargo
Pena para eles, que morreram com o veneno que ele havia se transformado.
Anjos rezaram de mãos entrelaçadas por sua melhoria
A consciência estava de volta
A alma, ainda vazia.



9 comentários:

  1. Fiquei sem palavras pra comentar, tudo parece tão distante agora né? Mas nada é tão ruim que não possa piorar haha, espero que a alma se encha de novo, mas se encha de vida enquanto ela ainda é sua.

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  2. Nossa. Está doendo demais aí hein?
    Fica bem menina.

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  3. Nossa... Senti um pouco de dor demais aí...
    Espero que seja só mais um texto e que esse vazio aparentemente sem nome, tome forma para ser expulso de vez, para que esta dor acabe definitivamente... Caso seja só um texto, as formas sombrias dele, soam como música aos corações doentes! ;D

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  4. Adorei o cenário! Me fez sentir muita coisa junta... beijo

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  5. O_O
    Nossa, imaginei uma pessoa ranzinza
    Emilie Escreve

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  6. acho que você descreveu uma fase na vida de qualquer uma de nós. dolorida, mas necessária.

    beijinhos

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  7. Toda fase que dói é necessária para que haja o crescimento.

    Um grande beijo!

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  8. Parece a descrição de alguém que voltou à razão. Os anjos me deram essa ideia.
    Suzi
    Abstrações

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  9. A alma vazia,
    mesmo na terceira do singular.

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