terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ressuscita-me


Suas cores transmitem dores e quando musicadas em pseudos surtos momentâneos do seu ser, será assim: No púlpito impiedoso que há em ti serei mais viva que ao vivo e segurarei rosas brancas ao estender os braços. Impiedoso e letal: Abrir os olhos e não (me) ver tendo a certeza de que ainda emano paz diariamente a ti. Fique em segurança: Mantenha distância! Refletir meu mar no teu deserto é chegar a conclusão: O amor infinito é, se na seca está, verdadeiro nunca foi. Desfalecer dói e o faço todos os dias quando lembro. Aceite as rosas brancas mandadas em doces sonhos pra confortar o meu falecimento.
Aqui jaz a menina-mar.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Milagres acontecem quando a gente vai a luta!" - TM


Meu coração pulsava dor através de artérias envenenadas sob a dura obsessão do sofrimento. Divertia-me tomando café amargo para ajudar a fechar a cara logo pela manhã e virando altas doses de cachaça barata durante a madrugada. Olheiras extensas destacavam na minha pele pálida. Cansada da minha vida (ou da falta dela) havia decidido o que faria nessa manhã de setembro: abri a janela do meu pequeno apartamento localizado no sétimo andar e minutos antes de me jogar com as gaivotas lembrei-me da época em que eu ainda conseguia enxergar o mundo de forma colorida e de como meus sorrisos já chamaram outros e me envergonhei demasiadamente pela pessoa no qual havia me tornado. Quando eu deixei de ser luz? Questionava-me. "Não deixou!" Retrucavam-me. Não deixei! Ajoelhei em frente da janela e ergui a cabeça aos céus, coloquei as mãos no coração e nesse exato momento eu me perdoei. Eu de fato não sabia quem eu era, nem o que eu seria dali pra frente mas apenas de sentir o sol aquecendo meus poros depois de tantos meses trancada na escuridão, uma primeira certeza eu já tinha: Eu queria viver! E eu não precisava de que todos soubessem que eu venci uma batalha contra mim mesma e sim, agradecer aquele Senhor lá de cima por permitir que eu abrisse os meus olhos e enxergasse que eu era a culpada de tudo o que me acontecia. Era meu padre e meu álibi e dali pra frente eu escolhi que não haveria nem uma partícula de rancor no meu peito. Roguei por mim e por todos que me humilharam. Clamei a paz e devotei o Amor. Chorei até a alma ficar limpa e senti um calor desprovido de perigo e prontificado devido o louvor. Em volta de mim a luz foi crescendo e expandindo horizontes pois eu desejava que ela alcançasse desde uma grande montanha até uma viela qualquer e que nem um ser humano até o mais desumano permanecesse nas trevas.
Aliás, "Onde há luz, não há escuridão". E que a luz seja espalhada diariamente pelos Discípulos de Cristo. Seja um de nós... Seja luz.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dizer já é contradizer.


A cama bagunçada com o lençol do avesso é um pretexto para deixar de arrumar o que me desarma. Não são apenas os olhos cabisbaixos que me vem aos pés e sim a infortuna pureza que toca desde o tornozelo até o último fio de cabelo. O quadro torto é pra culpar o vento impiedoso e inventado pelas cartas aos montes embaralhadas. Deito no chão gelado que é pra não sujar o tapete e acendo um cigarro que por ironia me remete ao fato de que não sei tragar. Tusso na tentativa frustrada de tirar a poluição que me invade a boca mas que bobeira, rio sozinha por meros segundos: já faz um tempo que não a beijo. 
Apago a luz pra dormir na escuridão e pra contrariar deixo a janela aberta que é pros raios solares me desejarem um dia bom e lembrar que a vida "é bonita, é bonita e é bonita!" 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nas férias que me afoguei.


Que o calor do teu corpo moreno possa ficar novamente em contato com a minha pele de neve, porque a fome que deveríamos ter saciado nos poucos dias em boa companhia, só me serviram pra abrir o apetite.
Conheci a ti primeiramente em poesia e só quando sua respiração fundiu com a minha, pude perceber que a menina dos cabelos compridos que tanto já detalhei em meus versos é real. Talvez com o gosto musical um pouco conturbado e com o sotaque mais puxado porém com o mesmo dom de me deixar extasiada a cada sorriso estampado na cara e de acorrentar meus pensamentos ao dela. A culpa não é minha... Provavelmente é do Arpoador e de toda a magia que a natureza despeja pelas suas ondas. Ondas que quebram ao vento contínuo e são capazes de paralisar o tempo de qualquer  menina sonhadora. De volta a realidade aqui cidade Cinza a minha vida se pinta um bocado a cada vez que ouço sua risada ecoando pela minha memória, agora sem retalhos preto e branco. Trancada nos meus desejos, pergunto-me como que ela pôde dar atenção aos meus olhares e afetos tendo aquela cidade maravilhosa por inteira. Arrisco: Trilha pelas curvas do meu corpo e prenda uma pequena no teu cais inquieto, morena.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Férias sentimentais.


Ipanema, céu nublado, 2013: Alguns jogam bola, outros fazem pose pras fotos em frente ao mar e a maioria bebe alguma porcaria alcoólica. Deixei que meu corpo esticasse na canga colorida e colori por segundos o céu acinzentado ao pensar no seu sorriso e digo convicta de que foram os segundos mais bonitos e perigosos das minhas férias.
Dizem que férias foram feitas para que a cabeça se esfrie e foi assim que decidi: Fazer como a maioria ao beber alguma dose alcoólica, aceitar o céu nublado e sorrir mesmo que momentaneamente. Pra cabeça esfriar temos esse mar sem fim, bravo e belo, deixar que as ondas quebrem no meu corpo e que o vento leve todas as energias negativas da alma para que fique calma. Pra que a falta de luz solar seja compensada com a luz interior, mesmo na ausência do meu mais profundo amor.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A melhor parte de mim


Você veio caminhando pelo lado direito enquanto eu de pernas trêmulas chegava na lateral esquerda. Cabelos longos e ondulados até o meio da coluna e uma coroa de flores delicadas ao topo da cabeça compunham a mulher da minha vida.
Lado a lado seguíamos pelo tapete vermelho que contrastava com a grama verde daquela fazenda gigante. Encantada não traduz nem metade dos meus profundos sentimentos extasiados ao olhar para os lados e ver todos os nosso queridos amigos e familiares sorrindo e se emocionando com o nosso desfilar. Minha mãe era a mais chorona... Sabe Deus quantos lenços foram necessários para secar suas lágrimas. Nossos vestidos brancos combinavam com a paz que habitava meu interior. Eu era explosão de paz e alegria, chorava porque sorria. Arrepiada até o último e mais constrangedor fio de cabelo sentia a transmissão de amor que seus poros exalavam. Apertou minha mão mais forte e disse me amar com os olhos. Te amei primeiro quando a vi passeando pelo parque num dia de domingo e ajoelhada em frente ao Padre prometi amar a ti pelo restos dos meus dias. Por todos eles e a cada segundo um pouco mais. Um beijo na testa que é pra ficar bonita a foto e outro na alma que é pra eternizar nosso precioso romance. Morena dos olhos de diamantes e toques angelicais.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pro cê entender.


Mas uma coisa é fato: Esqueço suas meias verdades quando encaro seus olhos de lua cheia. Parece interessante mas peço por favor, abusa mais de mim não, morena. Larga dessa ideia de ser pipa. Voar pelos ares e continuar presa no meu carretel. Cê hoje me diz que é amor mas amanhã sei que o vento já vai ter assoprado essa e todas as outras palavras sussurradas mas óia... Só acredito pelo seu olhar iluminado. Finjo não acreditar que é pra ver se tu desiste de dizer. Desistiu de falar e deu-me foi um beijo. Se os olhos são Lua Cheia a língua eu diria ser Estrela Cadente. Pra cada beijo emano o mesmo pedido. "Sinta-se em casa e case-se comigo"