quinta-feira, 17 de dezembro de 2015


Um dia uma criança me perguntou o que eu fazia sozinha no banco do parque, uma vez que havia balanço, escorregador, gira-gira e um montão de crianças. Eu tentei explicar que eu já era adulta e que estava ali apenas para ver a tarde passar e rabiscar algumas coisas no meu caderno. Então, ela me disse que iria "fingir" que estava acreditando e que se eu estava triste com alguma coisa eu poderia me desabafar com ela. Contou-me que adorava quando sua colega a ouvia choramingar quando seus pais brigavam ou quando estava aos prantos quando seu cão faleceu. Então eu me toquei que de adulta eu não tinha nada e que muitas vezes uma criança é demasiadamente mais madura que muitos engravatados por aí. Nós não precisamos fugir e esperar que passe. Nós precisamos encarar de frente, precisamos sentir a dor até que ela nos tome... Para então termos a consciência que nos queremos de volta e por inteiro. Precisamos vomitar o que não desceu bem, precisamos nos realinhar hoje para mudar o final do texto de amanhã. Que possamos ter a sinceridade e leveza das crianças sem deixar as responsabilidades adquiridas com as primaveras vivenciadas! Fé. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário