quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Dia qualquer


O dente cravado no canto direito do lábio inferior te faz dentro de mim, ser superior. Enquanto seu olho esquerdo pisca convidando-me a bailar, sorrio e deixo a respiração se fazer atrasada. -Não, não a deixo mas ela insiste- Raios solares pairando no quarto através da janela, quadros minimamente tortos, livros e mais livros compondo o criado mudo e você também calada quieta, a me olhar. E me molhar. O vão do armário se fazendo notável, anotações recheadas de letras simétricas, pra mim um cenário de cinema, um roteiro particular... Ou então concerto musical com seus acordes vocais sussurrados ao pé do ouvido. Os pés ainda com meias pra fugir do comum, mas a gente por inteira logo ali, ora na cama, ora no chão, ora na rede...  A hora passa, o tempo para.... A gente voa. 

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