O grito está calado nos dedos do poeta que não é amado.
Mesmo assim se deixa amar.
Há dias que estais a tentar escrever uma nobre declaração para seu segredo-cor-de-fogo.
“ÉS TÃO BELA QUE POR TI SE FAZ O MEU SORRIR
Doce devem ser os lábios. Tão doce que não há de existir
Um ser que não a queira bem perto do peito. Dentro dele ao
lado esquerdo. Até mesmo fora ao lado direito pra dar descanso a sua cabeça. Fazer-te
ninar”
Desabafo em vão vindo de um coração que palpita á espera
eterna.
Texto amassado e jogado no seu lixo interno corroído pela
ridícula dor que é amar sozinho.
Desce até amargo: Esse último gole de vinho.