quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Trajetos
Em cada esquina tem um beijo que a tua boca ainda não provou
Em cada bar tem um brinde que poderia ser pra você
Em cada livraria tem alguém conectado a um romance que você poderia ser o protagonista
O que você quer, menina?
Os caminhos são todos alcançaveis, basta saber onde quer chegar.
Eu juro, as estradas podem ser mais belas que esse túnel de paredes descascadas.
Vá! Cruze fronteiras, aplauda um pôr-do-sol, nomeie as estrelas, mas acima de tudo permita-se apenas ser. Encontre-se.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
Irrecusável
Algo acontece quando você sorri
Talvez seja a luz que vem de dentro pulsando, expandindo e abençoando o mundo ao seu redor.
Talvez seja um tanto de encanto para os dias cinzentos
A mágica que faltava pro sangue correr.
Algo acontece quando você sorri com a boca e com os olhos. E com o corpo todo.
Algo acontece quando você sorri
A estrela brilha mais forte, as flores alegram-se e o pássaro cantarola o mais belo musical.
A vida toca com mãos quentes e afaga: Convida a dançar e sorrir.
Aceito.
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
Petróleo
É tanta acontecendo que não dá tempo de digerir, de dizer... Faltam palavras sobram-se lágrimas. Queria que a ignorância me tocasse e assim permanecesse. São tempos difíceis para os conscientes.
Queria ter a fé forte e inabalável que dias melhores virão, mas por hoje, eu prefiro dormir.
Queria ter a fé forte e inabalável que dias melhores virão, mas por hoje, eu prefiro dormir.
quarta-feira, 3 de julho de 2019
São Paulo, 2019
Para ser mais específica, Tietê. O trânsito caótico de final de expediente. Todo mundo correndo pra chegar em casa. Pra pegar o filho na escola, pra fazer a janta, alguns pra estudar, outros para fazer algum exercício e claro, quarta-feira tem os que preferem relaxar na TV com uma lata de cerveja qualquer. Na muvuca, buzinas e poluição tem uma família andando a pé na marginal. Pude olhar pelo vidro do carro. Bem... Tempo eu tive. Um homem, uma mulher e quatro filhos pequenos. Todos de chinelo no pé e malas grandes nas mãos. O pai além da mala, carregava em seus dedos sanitos pretos. Parecia estar pesado. Os olhares deles eram de perdidos. O da mãe era de "Que mundo é esse?". O dos filhos eram de muito cansaço, cara emburrada de quem deixou amigos para trás. O olhar do pai é o que mais me instigou: de esperança. Não sei de onde eram, mas definitivamente não daqui. Não sei pra onde iam, mas arrisco dizer que ainda tinha chão. Provavelmente vieram atrás de alguma oportunidade por aqui. O sonho do emprego na cidade grande. Na minha mão, um jornal: "A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo ultrapassa 15%". Os filhos da pátria mãe gentil soltaram-se de suas raízes secas atrás de terra fértil na cidade cinza. Só pude, ali do carro, desejar de longe uma boa semeada à família, que viu na cidade caótica: abrigo.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Extinção
A gente, bicho doido e complicado chamado humano. Bicho que se tá solteiro quer demasiadamente encontrar o amor da nossa vida. Que canta a música mais romântica em voz alta pra quem sabe, a nossa futura metadinha ouvir. Sem contar as vezes que ficamos horas falando para os amigos sobre a saudade de dormir juntinho, da sessão cinema no sofá e de ter alguém para te dar bom dia em todas as manhãs.
E uma hora a mágica acontece. Dois humanos se olham, sorriem instantaneamente. O coração palpita. Aí vem o primeiro beijo, os corpos se entrelaçando. Papos noite adentro, o nervosismo de conhecer a sogra, viagens, promessas... Amor.
A gente, bicho doido e complicado chamado humano. Bicho que se tá namorando parece não encontrar qualidades na outra pessoa. Brigas por meros fatos do cotidiano se tornam comuns. O jeito como passam a tratar um ao outro é indiferente. Um selinho aqui, sem sal nem açúcar ali. E o humano reclama. Quer ficar solteiro, na maioria das vezes para beijar outras bocas, entrelaçar outros corpos. E a mágica acontece novamente, insatisfeitos decidem encerrar o ciclo. Não pode em hipótese alguma esbarrarem-se por aí.
Outros corpos são tocados, outros lábios se encontram. Semanas depois, o humano chora no bar e para os amigos. Fica com saudade dos beijos e afagos de quem partiu. Automaticamente esquece de toda a parte ruim do relacionamento.
Concluímos que a gente, bicho doido e complicado chamado humano, não sabemos exatamente o que queremos e o que sentimos. O único fato é: Se nossos atos continuarem na contramão de nossas palavras, em breve, o amor estará em extinção.
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Carrefour: Relações Públicas, cadê?
Desde semana passada, circula nas redes sociais (e consequentemente offline também), o caso do cachorro que foi além de envenenado, brutalmente assassinado, por um segurança do Carrefour, em Osasco, na Grande São Paulo.
O animal não possuía dono e entrou no mercado a procura de comida. Os boatos dizem que no dia do ocorrido, iria ter uma visita de supervisores no local e o dono da filial, solicitou que o seu funcionário desse um fim no cachorro.
Essa notícia chocou, e particularmente mexeu demais comigo. Chegou a dar nó na garganta. Cheguei a chorar, confesso. Porém, me lembrei de um filme que recomendo: O Experimento de Milgram. Um filme baseado em uma história verídica, que retrata que as pessoas tendem a obedecer alguém de nível hierárquico superior ao seu, mesmo que os atos contradigam com seus valores pessoais.
Não estou aqui pra discutir se a culpa é da empresa Carrefour como um todo, que aparentemente não possui um manual de conduta eficiente, ou do proprietário da filial que deve estar nem aí pro cachorro que "poderia incomodar os clientes" e ora, ora, vamos dar um fim nele, ou se a culpa é de quem colocou a mão na massa no veneno e no sangue.
Desculpem o palavrão a seguir mas a verdade é que a merda já foi feita. Diversos famosos se posicionaram contra o supermercado e nessa hora o questionamento é: O Manual de Crise, tá sendo útil?
Cobranças vieram de todos os lados. Facebook e Instagram se destacaram.
Após o ocorrido a primeira postagem no facebook foi sobre "Última chance: Só neste fim de semana, preços ainda mais baixos" Depois sobre uma receita de camarão, e depois de mais de 70 mil mensagens pressionando o mercado, que ele emitiu uma Nota Oficial (e vale lembrar, 7 dias depois do ocorrido COMASSIM FERA?).
E pasmem: As respostas antes da Nota Oficial, eram sempre no CTRL + V.
O povo não deixa escapar.
Ainda como graduanda em Relações Públicas (e mais do que isso, um ser humano que sente, pensa e ama) sei que o correto do Carrefour Brasil, mesmo possivelmente não tendo uma culpa direta no ocorrido em Osasco, deveria ter se pronunciado no mesmo dia. Comunicando o desligamento dos responsáveis pela crueldade e ainda realizar ações voltadas aos cachorros sem lar. Contratar uma equipe para responder as redes sociais, para que, já que o fogo pegou, não o deixe alastrar.
E dessa vez, ô se alastrou.
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Quando eu me encontrar com Jesus
Ao redor há muitas árvores grandes e fortes. Há muitas flores de cores variadas, mas a maioria são cores claras: Rosa bebê, azul, amarela! Confesso que muitas flores e vegetações nunca havia visto antes. O sol vai cortando por entre as folhas. É o sol da manhã. Gostaria de saber o horário, mas não tenho relógio e aparentemente não tem ninguém por perto. Mas o fato de não ter pessoas ao redor, me deixou mais atenta para reparar no cantar dos pássaros! E quantos eles são! Alegres, vivos, livres! Eu estou descalça com os pés na grama, queria me lembrar como cheguei até aqui, mas não consigo me recordar do trajeto... Queria trazer todo mundo que eu amo. Começo a sentir meu coração quentinho ao pensar nos meus familiares... Mas ao mesmo tempo que vou pensando neles, na minha mente vai aparecendo imagens de momentos e pessoas que eu não sei ao certo quem são, mas como fazem meu coração pulsar! A vida, uma vez me disseram, é como um colar de pérolas... Brilhante, valiosa, mas delicada. E quando esse colar por algum motivo se solta, a passagem é realizada. Aos poucos vou me recordando quem sou eu. O verdadeiro eu interior está se sentindo leve. Reconheço que retornei a minha morada. A minha verdadeira morada. Penso em uma música que amava colocar quando realizava Evangelho no Lar em casa e num toque de mágica ela começa a tocar pelos ares. O barulho do piano parece estar vindo dos céus. Uma luz azul com violeta vem descendo das nuvens. E a medida que vai chegando, vai derramando raios pratas. Intensidades que ao mesmo tempo que fortificam, transmitem serenidade, aconchego e amor. Reconheço a presença Divina. Sinto-me honrada, e cá entre nós, senti até que não merecia tanto! É nosso amigo e amado Mestre Jesus. Estendendo-me a mão e me dando boas vindas ao lar. Eu choro muito. De felicidade, é claro. Ele enxuga minhas lágrimas, uma a uma, abraça-me. Levanta a mão direita aos céus. Ao seu comando desce uma Nave que nos puxa levemente para dentro. Eu vou, amigo amado. Vamos para casa!
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